Voilà! Adeus trotinetes elétricas alugadas, em Paris.


Voilà! Adeus trotinetes elétricas alugadas, em Paris.


A capital francesa, Paris, uma das pioneiras na introdução das trotinetes em 2018, acabou de decidir, através de um referendo (que pese embora não tenha poder jurídico, foi realizado com a promessa de ser cumprido) o fim das concessões para o aluguer deste meio de transporte, depois de registar mais um número significativo de acidentes (que resultaram em 3 mortes) no último ano. Cerca de 90% votaram a favor da proibição, ou seja, uma esmagadora maioria. Por cá continuamos afundados na confusão. Não é preciso andar muito por Lisboa para percebermos que a falta de regras e de cuidados por parte de quem as conduz gera enormes constrangimentos e vários perigos sobretudo para quem anda a pé. Em Campo de Ourique, por exemplo, bairro residencial onde moro, é vê-las muitas vezes deixadas à sua sorte no meio de passeios, deitadas em passadeiras ou a serem usadas contra todas as regras de transito existentes.

Além de muitas vezes me causar uma certa impressão ver a tenra idade dos seus condutores que pouca ou nenhuma noção de condução têm, fazem ruas em contramão (não são ainda assim os únicos, os motoristas dos serviços de entregas também o fazem), seguem a velocidade excessiva e sem qualquer cuidado em passeios apinhados de gente, atropelando várias vezes idosos que ficam prostrados no chão enquanto estes prosseguem o seu caminho. Já vi um pouco de tudo, corridas entre turistas, miúdos a fazer rotundas ao contrário, trotinetes deixadas em frente a portas de prédio sem preocupação por quem lá possa morar e, pior ainda, o que isto dificulta a vida, por exemplo dos invisuais, que lhes fez aumentar o medo de usar o espaço público, devido à falta de civismo de quem escolhe este meio de transporte e que de repente se deparam com novos obstáculos urbanos de difícil percepção.

Não é fácil de perceber como alguns pais permitem que os seus filhos menores circulem em cidades cheias de trânsito, sem capacete ou o mínimo conhecimento das regras. Percebo que num país como o nosso, onde não existe uma rede de transportes públicos em condições se tente utilizar o possível para nos deslocarmos de um lado para o outro, mas esta não parece ser definitivamente uma boa solução e nem sequer a desculpa de que são amigas do ambiente parece colher, dados os diversos estudos publicados recentemente. Estima-se que só na capital portuguesa existam mais de 10 mil trotinetes e bicicletas partilhadas sem sítio para estacionar. Isso leva a que as mesmas sejam deixadas por onde calha, sem o mínimo de preocupação.

A recente adoção de medidas por parte da polícia como as operações stop dedicadas a estes veículos, não chega para resolver o problema. São necessárias decisões a montante, que protejam quem os conduz e quem passa por eles e fica sujeito à sua anarquia. Se existem regras para uns, têm que existir também para os outros, ainda para mais quando sabemos que são os mais jovens quem as conduz, precisamente por conseguirem escapar à necessidade de uma carta de condução e por isso mesmo, muitas vezes menos conscientes dos perigos que uma condução irresponsável pode representar.

Voilà! Adeus trotinetes elétricas alugadas, em Paris.


Voilà! Adeus trotinetes elétricas alugadas, em Paris.


A capital francesa, Paris, uma das pioneiras na introdução das trotinetes em 2018, acabou de decidir, através de um referendo (que pese embora não tenha poder jurídico, foi realizado com a promessa de ser cumprido) o fim das concessões para o aluguer deste meio de transporte, depois de registar mais um número significativo de acidentes (que resultaram em 3 mortes) no último ano. Cerca de 90% votaram a favor da proibição, ou seja, uma esmagadora maioria. Por cá continuamos afundados na confusão. Não é preciso andar muito por Lisboa para percebermos que a falta de regras e de cuidados por parte de quem as conduz gera enormes constrangimentos e vários perigos sobretudo para quem anda a pé. Em Campo de Ourique, por exemplo, bairro residencial onde moro, é vê-las muitas vezes deixadas à sua sorte no meio de passeios, deitadas em passadeiras ou a serem usadas contra todas as regras de transito existentes.

Além de muitas vezes me causar uma certa impressão ver a tenra idade dos seus condutores que pouca ou nenhuma noção de condução têm, fazem ruas em contramão (não são ainda assim os únicos, os motoristas dos serviços de entregas também o fazem), seguem a velocidade excessiva e sem qualquer cuidado em passeios apinhados de gente, atropelando várias vezes idosos que ficam prostrados no chão enquanto estes prosseguem o seu caminho. Já vi um pouco de tudo, corridas entre turistas, miúdos a fazer rotundas ao contrário, trotinetes deixadas em frente a portas de prédio sem preocupação por quem lá possa morar e, pior ainda, o que isto dificulta a vida, por exemplo dos invisuais, que lhes fez aumentar o medo de usar o espaço público, devido à falta de civismo de quem escolhe este meio de transporte e que de repente se deparam com novos obstáculos urbanos de difícil percepção.

Não é fácil de perceber como alguns pais permitem que os seus filhos menores circulem em cidades cheias de trânsito, sem capacete ou o mínimo conhecimento das regras. Percebo que num país como o nosso, onde não existe uma rede de transportes públicos em condições se tente utilizar o possível para nos deslocarmos de um lado para o outro, mas esta não parece ser definitivamente uma boa solução e nem sequer a desculpa de que são amigas do ambiente parece colher, dados os diversos estudos publicados recentemente. Estima-se que só na capital portuguesa existam mais de 10 mil trotinetes e bicicletas partilhadas sem sítio para estacionar. Isso leva a que as mesmas sejam deixadas por onde calha, sem o mínimo de preocupação.

A recente adoção de medidas por parte da polícia como as operações stop dedicadas a estes veículos, não chega para resolver o problema. São necessárias decisões a montante, que protejam quem os conduz e quem passa por eles e fica sujeito à sua anarquia. Se existem regras para uns, têm que existir também para os outros, ainda para mais quando sabemos que são os mais jovens quem as conduz, precisamente por conseguirem escapar à necessidade de uma carta de condução e por isso mesmo, muitas vezes menos conscientes dos perigos que uma condução irresponsável pode representar.