Covid-19. Aumento de casos na Europa faz soar alarmes

Covid-19. Aumento de casos na Europa faz soar alarmes


Com o Inverno a chegar, diversos países europeus estão a registar um aumento de infeções que pode comprometer o controlo da situação pandémica.


Com a chegada do Inverno está a ser registado um aumento de casos de covid-19 e em diversos países da Europa começam a soar preocupantes alarmes sobre a situação pandémica, depois de esta ter sido a região que registou mais casos de infeção e mortes relacionada com a infeção, em todo o mundo.

Segundo a OMS, na Europa foi registado um aumento de 18% de casos de covid-19, a quarta semana consecutiva a registar um aumento, e uma subida de 14% de mortes relacionadas com esta infeção, pode ler-se no relatório epidemiológico publicado pela Associated Press.

Apesar dos Estados Unidos, que ainda é o país com mais casos de infeção do mundo, terem registado o maior número de novos casos, com 513 mil novas infeções nos últimos sete dias, este é seguido pelos preocupantes casos do Reino Unido, com 330 mil, e a Rússia, com cerca de 250 mil, ambos registados na última semana.

Esta terça-feira, o Reino Unido registou 263 mortes de covid-19, o valor mais alto desde fevereiro, e 36567 novos casos, numa altura em que os hospitais começam a dar sinais de poderem entrar em rutura.

A situação pandémica na Rússia também não está favorável, onde, depois de nove dias consecutivos a registar mais de mil mortes provocadas pelo vírus, este país registou, na quarta-feira, um novo recorde diário de mortes por covid-19, com 1123 óbitos.

O Governo russo, ao contrário do britânico, já tomou medidas para controlar esta preocupante subida do número de casos, com uma semana de “férias pagas”, mandando as pessoas para casa, entre os dias 30 de outubro e 7 de novembro, uma altura em que o país estará a viver um dos mais restritivos confinamentos desde o início da pandemia, onde apenas estarão abertas lojas essenciais como supermercados ou farmácias.

A Alemanha também está a registar, há 14 dias consecutivos, um aumento de casos de infeção de coronavírus, tendo, esta quinta-feira, registado mais 28037 casos de covid-19 e 126 mortos.

Com este cenário em mente, os parceiros que irão formar o futuro governo de coligação, sociais-democratas, verdes e liberais, apresentaram uma nova proposta para a gestão da pandemia de covid-19, uma vez que a chamada situação epidémica de âmbito nacional expira no final de novembro.

O vice-presidente do grupo parlamentar do Partido Social Democrata (SPD), Dirk Wiese, reconheceu que os números de contágio e hospitalizações voltaram a crescer, mas destacou que a situação é diferente da de agosto e, por este motivo, foram acordadas as medidas de transição comuns até 20 de março de 2020 para que os Estados federais possam decretar “medidas eficazes, mas menos invasivas” nos meses de outono e inverno e foi rejeitado o regresso às restrições, como o encerramento de escolas, recolher obrigatório ou nova paralisação da vida pública, frisou.

Os espanhóis também se encontram numa posição delicada, estando cada vez mais perto de ser considerado como tendo um “risco médio” de transmissão da doença, depois de registar que a incidência acumulada de covid-19 voltou a subir para 49,4 casos por cada 100000 habitantes diagnosticados nos últimos 14 dias. Esta situação levou especialistas a alertar para a possibilidade da pandemia voltar a tornar-se incontrolável, no entanto, para já, o Governo não irá impor novas restrições.

O mesmo não pode ser dito sobre os Países Baixos, onde o Governo está a estudar a introdução de mais restrições no país devido ao rápido aumento do número de casos de covid-19 para mais de 6300 casos por dia e da pressão sobre os hospitais.