O Fim das moratórias


De tudo isto fica a necessidade imperiosa de aumentar a literacia financeira que permita uma melhor informação a toda a população e que alerte para os eventuais riscos de todas estas medidas e que acima de tudo permita ao cidadão o livre escrutínio de todos as políticas de apoio e suas consequências.


O fim das moratórias aproxima-se a passos largos, depois do fim da chamada moratória privada (iniciativa da Associação Portuguesa de Bancos) a 31 de março, avizinha-se agora o fim da moratória designada por muitos de pública, a 30 de setembro. De realçar que Portugal é dos países que há mais tempo mantém este regime que no limite abarcará até 18 meses de vigência (a maior parte dos países não ultrapassou os 6 meses).

Mais ainda, chamo à atenção para o nível das desigualdades: em Portugal o stock de créditos em moratória atingiu valores próximos de 25%, enquanto por exemplo na Alemanha, este valor nunca ultrapassou mais de 2,5%. São magnitudes diferentes que decorrem por um lado do contexto de cada país, mas também da forma com esta medida foi incentivada em cada país.

Ainda esta semana a Moody´s avisa que Portugal é dos países mais expostos ao risco de incumprimento, fazendo, a par do Chipre e de Itália, parte do leque de países com maior valor de exposição e, por sua vez, de maior vulnerabilidade.

Chegados aqui urge perceber o porquê da disparidade, o contexto, o incentivo, até porque parte dos valores dos créditos em moratórias foram incluídos em pacotes de medidas de apoio do Governo e toda a comunicação e facilidade de adesão a este tipo de apoios, todos conjugados, foram naturalmente importantes para que tenha atingido esta dimensão.

E sobre o dia seguinte, sabe-se que o governo estuda alternativas para prolongar o prazo de 30 de setembro através de eventuais carências, o que, a confirmar-se, irá alargar, ainda mais, o prazo de retoma normal de pagamento.

De tudo isto fica a necessidade imperiosa de aumentar a literacia financeira que permita uma melhor informação a toda a população, que alerte para os eventuais riscos de todas estas medidas e que, acima de tudo, permita ao cidadão o livre escrutínio de todas as políticas de apoio e suas consequências.

 


O Fim das moratórias


De tudo isto fica a necessidade imperiosa de aumentar a literacia financeira que permita uma melhor informação a toda a população e que alerte para os eventuais riscos de todas estas medidas e que acima de tudo permita ao cidadão o livre escrutínio de todos as políticas de apoio e suas consequências.


O fim das moratórias aproxima-se a passos largos, depois do fim da chamada moratória privada (iniciativa da Associação Portuguesa de Bancos) a 31 de março, avizinha-se agora o fim da moratória designada por muitos de pública, a 30 de setembro. De realçar que Portugal é dos países que há mais tempo mantém este regime que no limite abarcará até 18 meses de vigência (a maior parte dos países não ultrapassou os 6 meses).

Mais ainda, chamo à atenção para o nível das desigualdades: em Portugal o stock de créditos em moratória atingiu valores próximos de 25%, enquanto por exemplo na Alemanha, este valor nunca ultrapassou mais de 2,5%. São magnitudes diferentes que decorrem por um lado do contexto de cada país, mas também da forma com esta medida foi incentivada em cada país.

Ainda esta semana a Moody´s avisa que Portugal é dos países mais expostos ao risco de incumprimento, fazendo, a par do Chipre e de Itália, parte do leque de países com maior valor de exposição e, por sua vez, de maior vulnerabilidade.

Chegados aqui urge perceber o porquê da disparidade, o contexto, o incentivo, até porque parte dos valores dos créditos em moratórias foram incluídos em pacotes de medidas de apoio do Governo e toda a comunicação e facilidade de adesão a este tipo de apoios, todos conjugados, foram naturalmente importantes para que tenha atingido esta dimensão.

E sobre o dia seguinte, sabe-se que o governo estuda alternativas para prolongar o prazo de 30 de setembro através de eventuais carências, o que, a confirmar-se, irá alargar, ainda mais, o prazo de retoma normal de pagamento.

De tudo isto fica a necessidade imperiosa de aumentar a literacia financeira que permita uma melhor informação a toda a população, que alerte para os eventuais riscos de todas estas medidas e que, acima de tudo, permita ao cidadão o livre escrutínio de todas as políticas de apoio e suas consequências.