Dezenas de professores de escolas de Leganés, município de Madrid, Espanha, colocaram baixas médicas devido aos efeitos secundários da vacina contra a covid-19 da Astrazeneca. Na sexta-feira, Espanha começou a vacinar professores contra o novo coronavírus e muitos dos que receberam a vacina no fim de semana estavam incapazes de dar aulas esta segunda-feira.
“Ontem fomos vacinados em massa e hoje vários professores não poderão comparecer devido aos efeitos colaterais”, lê-se numa circular de professores da escola pública Aben Hazam, que teve de suspender as aulas por não ter professores suficientes, citada pelo El Espanõl. O caso repete-se noutras escolas do município, onde os professores receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca no fim de semana.
Os professores lembram que foram avisados de que podiam sentir “desconforto” e sofrer “efeitos colaterais” nos dias seguintes à inoculação, tendo ficado surpresos quando a vacinação ficou agendada para domingo, véspera do regresso às aulas.
Segundo o El Espanõl, só em Léganes mais de 80 professores, de nove escolas diferentes, entregaram baixas médicas após sentirem febre, dores musculares, náuseas e enxaquecas. Já o El País, refere que pelo menos 91 professores tiveram algum tipo de efeito secundário.
As Comissões Operárias, confederação sindical espanhola, diz que a situação poderia ter sido evitada se os professores das mesmas escolas não tivessem sido todos vacinados no mesmo dia.
Recorde-se que as autoridades sanitárias de Espanha decidiram administrar a vacina da AstraZeneca contra a covid-19 apenas a pessoas até aos 55 anos.