Ministra tenta afastar ideia de que Governo culpa portugueses pela necessidade de confinamento

Ministra tenta afastar ideia de que Governo culpa portugueses pela necessidade de confinamento


“Não há culpados, há uma doença”, diz Marta Temido sobre medidas de confinamento geral.


A ministra da Saúde quis afastar a ideia de que o Governo, ou alguns dos seus elementos, atribui responsabilidade aos portugueses pela evolução epidemiológica que obrigou a um confinamento geral, ainda em janeiro.

"Não há culpados, há uma doença. Somos todos portugueses", afirmou Marta Temido, no final do debate na Assembleia da República sobre o relatório do estado de emergência entre 16 e 30 de janeiro, período no qual se registou um maior número de óbitos e internamentos provocados pela pandemia.

"Estamos hoje melhor do que aquilo que estávamos, mas não estamos ainda no sítio onde queríamos estar", disse a ministra, recordando que o número diário de contágios mais baixo foi a 2 de agosto (106), mesmo dia em não se registou qualquer óbito associado à doença.

Marta Temido sublinhou que "há muito caminho para fazer" e que é nesse caminho que o Governo não vai “faltar aos portugueses”. “Não com soluções fáceis, porque elas não existem. Não é quebrar patentes que garante a capacidade produtiva para vacinas, não é dizer que não planeamos que resolve aquilo que falta fazer. O que falta fazer faz-se com trabalho, estudo, dedicação e sobretudo com argumentos verdadeiros", concluiu.