O Governo voltou a contratar Guilherme Dray, ex-chefe de gabinete de José Sócrates e Mário Lino, desta vez para assumir a missão de fechar um acordo de emergência entre a TAP e os sindicatos afetos à empresa.
Dray, partner da Macedo Vitorino & Associados, foi recrutado para “prestar apoio legal ao Ministério das Infraestruturas na gestão do dossiê das sociedades TAP, Portugália e Cateringpor, em especial na parte relativa aos impactos laborais decorrentes da declaração destas empresas como estando em situação económica difícil”, confirmou ao i fonte do ministério de Pedro Nuno Santos.
O advogado e professor universitário já havia sido contratado pelo Ministério das Infraestruturas para mediar as negociações entre os motoristas de matérias perigosas e as empresas de transporte aquando da greve de 2019, que resultou numa crise de combustíveis.
Guilherme Dray, figura discreta, próximo do ex-primeiro-ministro José Sócrates, viu-se envolvido no processo Operação Marquês depois de, a partir de 2013, ter passado a receber avenças de duas empresas controladas por Carlos Santos Silva (a XLM e a Proengel). Dray receberia os pagamentos pelo papel de intermediário entre Sócrates e Lula da Silva, com o objetivo principal de angariar negócios no Brasil.