Grécia pede ajuda à UE para o regresso de mais de mil migrantes à Turquia

Grécia pede ajuda à UE para o regresso de mais de mil migrantes à Turquia


Esta “solicitação” da Grécia foi submetida à Comissão Europeia e à Frontex, a agência europeia de vigilância das fronteiras externas da UE, e relaciona-se com “os migrantes de países terceiros [não europeus] que não têm direito à proteção internacional”, segundo o Ministério das Migrações e do Asilo grego.


A Grécia pediu ajuda da União Europeia (UE) para o "regresso imediato" à vizinha Turquia de 1.500 migrantes a quem foi recusado o direito de asilo pelas autoridades gregas, e que a Turquia recusa receber.

Esta "solicitação" da Grécia foi submetida à Comissão Europeia e à Frontex, a agência europeia de vigilância das fronteiras externas da UE, e relaciona-se com "os migrantes de países terceiros [não europeus] que não têm direito à proteção internacional", segundo o Ministério das Migrações e do Asilo grego.

Estes requerentes de asilo e que viram o seu pedido rejeitado vivem atualmente em campos de acolhimento e de registo nas ilhas gregas situadas perto das costas turcas: 995 pessoas em Lesbos, 180 em Chios, 187 em Kos e 128 em Samos, precisa um comunicado ministerial.

"A Europa deve estabelecer um mecanismo comum para responder a este problema no quadro de um novo pacto [europeu] sobre asilo, mas também aplicar o necessário procedimento operacional legal para permitir esses regressos", sublinhou em comunicado Notis Mitarachi, o ministro grego das Migrações e do Asilo.

Devido à declaração comum UE-Ancara de 2016 estabelecida após a crise migratória de 2015 para dissuadir os migrantes de se dirigirem para a Europa, a Turquia deverá receber os requerentes de asilo que foram rejeitados pela Grécia. Em troca, a UE deve apoiar financeiramente Ancara.

No entanto, a Turquia acusa a UE de não ter preenchido as suas obrigações e quando cerca de 3,6 milhões de refugiados, na maioria sírios, permanecem no seu território.