Do desrespeito às Forças Armadas Portuguesas. Um país refém de escroques e falsas morais


Quando penso que a esquerda e a extrema-esquerda já fizeram tudo aquilo que seria possível para desdenhar Portugal e as suas instituições, acabo sempre surpreendido por um novo episódio que suplanta o ridículo dos anteriores. Aqui há poucos anos apareceu o Bloco de Esquerda com uma enorme preocupação com os piropos. Ainda bem que se…


Quando penso que a esquerda e a extrema-esquerda já fizeram tudo aquilo que seria possível para desdenhar Portugal e as suas instituições, acabo sempre surpreendido por um novo episódio que suplanta o ridículo dos anteriores. Aqui há poucos anos apareceu o Bloco de Esquerda com uma enorme preocupação com os piropos. Ainda bem que se preocuparam com essa temática porque como daí para cá se viu, Portugal melhorou imenso e não mais teve quaisquer problemas de maior. Lembro-me ainda do PAN dar a entender que se deveria abolir os ditados populares em que surgissem animais, o que por si só é de uma violência escandalosa e claramente demonstrativa de um qualquer atraso civilizacional imperdoável. Pois agora fomos mais longe. No conteúdo, na forma e nos visados. Desta vez foram visadas, pasme-se, as Forças Armadas Portuguesas, que são tão só a mais importante instituição do país pese embora, infelizmente, muitos teimem em não querer vê-lo ou negá-lo. Pois bem, não fosse já grave o contínuo abandono que o Estado tem nas últimas décadas prestado aos militares e ex-militares portugueses, quer agora obrigá-los  a utilizar uma linguagem, cite-se, “inclusiva”, através de uma diretiva enviada aos três ramos das Forças Armadas. Sabem, não tenho palavras. É realmente uma política de extrema necessidade e premência. Obrigado Senhor pela bênção de nos brindares com governantes tão inteligentes, tão iluminados e conscientes das necessidades do país! Vejam bem ao que chegámos que, segundo as indicações agora reiteradas, os militares portugueses são instados a utilizar conceitos que não distingam o masculino e o feminino. A exemplo, um simples “sejam bem-vindos” deverá ser doravante substituído por um, “boas vindas a todas as pessoas”. Eu acho que é bem pensado não vá ser o caso de estarmos em cavalaria e poder estar algum militar montado num alto e espadaúdo corcel puro sangue Lusitano, sendo importante clarificar que as boas vindas são para as pessoas e não para o cavalo. Mas não nos ficamos por aqui. Dando outro exemplo, o termo “coordenador” deverá ser substituído por “coordenação”. Extremamente útil. Tão útil como a essência desta medida e a inteligência de quem se lembrou de a redigir/aprovar. Meus amigos, as forças armadas são uma instituição de respeito, que merece respeito, que sabe respeitar e ensina a saber respeitar. Aquilo que está em cima da mesa é uma gratuita desconsideração ao que representa ser militar e uma menorização total e inaceitável dos padrões de conduta que se regem hoje, como em 800 anos de história, pela grandiosidade da nação. Para mais quando aparentemente o que está na origem deste disparate é de novo uma suposta preocupação com expressões que não respeitem as mulheres, mas a meu ver o que acaba por não as respeitar são estas mesmas alarvidades. As Forças Armadas portuguesas contam nos seus quadros com imensas mulheres, muitas delas com altas patentes e todas portadoras de um valor que não se afere pela utilização da palavra “x” ou “y”. Isso é uma patetice. Aquilo que deveria preocupar este ajuntamento de mediocridades a que alguns chamam Governo deveriam ser questões como o congelamento de vencimentos (que já leva uma década), a dignificação dos ex-combatentes do Ultramar que recebem pensões absolutamente indecorosas face ao que fizeram pela pátria, o atraso nas promoções profissionais ou ainda o originário e tão ou mais urgente, estatuto do militar. Mas não, o importante é o género e a forma como se fala. Luís de Camões disse um dia que o fraco rei faz fraca a forte gente. Que quem (des)governa Portugal não catapulte a sua fraqueza num dos mais fortes baluartes do país. Portugal, os portugueses, os três ramos das Forças Armadas portuguesas e todos os militares que das suas fileiras constam, merecem muito mais. Muito mais e muito melhor!

Escreve à sexta-feira

Do desrespeito às Forças Armadas Portuguesas. Um país refém de escroques e falsas morais


Quando penso que a esquerda e a extrema-esquerda já fizeram tudo aquilo que seria possível para desdenhar Portugal e as suas instituições, acabo sempre surpreendido por um novo episódio que suplanta o ridículo dos anteriores. Aqui há poucos anos apareceu o Bloco de Esquerda com uma enorme preocupação com os piropos. Ainda bem que se…


Quando penso que a esquerda e a extrema-esquerda já fizeram tudo aquilo que seria possível para desdenhar Portugal e as suas instituições, acabo sempre surpreendido por um novo episódio que suplanta o ridículo dos anteriores. Aqui há poucos anos apareceu o Bloco de Esquerda com uma enorme preocupação com os piropos. Ainda bem que se preocuparam com essa temática porque como daí para cá se viu, Portugal melhorou imenso e não mais teve quaisquer problemas de maior. Lembro-me ainda do PAN dar a entender que se deveria abolir os ditados populares em que surgissem animais, o que por si só é de uma violência escandalosa e claramente demonstrativa de um qualquer atraso civilizacional imperdoável. Pois agora fomos mais longe. No conteúdo, na forma e nos visados. Desta vez foram visadas, pasme-se, as Forças Armadas Portuguesas, que são tão só a mais importante instituição do país pese embora, infelizmente, muitos teimem em não querer vê-lo ou negá-lo. Pois bem, não fosse já grave o contínuo abandono que o Estado tem nas últimas décadas prestado aos militares e ex-militares portugueses, quer agora obrigá-los  a utilizar uma linguagem, cite-se, “inclusiva”, através de uma diretiva enviada aos três ramos das Forças Armadas. Sabem, não tenho palavras. É realmente uma política de extrema necessidade e premência. Obrigado Senhor pela bênção de nos brindares com governantes tão inteligentes, tão iluminados e conscientes das necessidades do país! Vejam bem ao que chegámos que, segundo as indicações agora reiteradas, os militares portugueses são instados a utilizar conceitos que não distingam o masculino e o feminino. A exemplo, um simples “sejam bem-vindos” deverá ser doravante substituído por um, “boas vindas a todas as pessoas”. Eu acho que é bem pensado não vá ser o caso de estarmos em cavalaria e poder estar algum militar montado num alto e espadaúdo corcel puro sangue Lusitano, sendo importante clarificar que as boas vindas são para as pessoas e não para o cavalo. Mas não nos ficamos por aqui. Dando outro exemplo, o termo “coordenador” deverá ser substituído por “coordenação”. Extremamente útil. Tão útil como a essência desta medida e a inteligência de quem se lembrou de a redigir/aprovar. Meus amigos, as forças armadas são uma instituição de respeito, que merece respeito, que sabe respeitar e ensina a saber respeitar. Aquilo que está em cima da mesa é uma gratuita desconsideração ao que representa ser militar e uma menorização total e inaceitável dos padrões de conduta que se regem hoje, como em 800 anos de história, pela grandiosidade da nação. Para mais quando aparentemente o que está na origem deste disparate é de novo uma suposta preocupação com expressões que não respeitem as mulheres, mas a meu ver o que acaba por não as respeitar são estas mesmas alarvidades. As Forças Armadas portuguesas contam nos seus quadros com imensas mulheres, muitas delas com altas patentes e todas portadoras de um valor que não se afere pela utilização da palavra “x” ou “y”. Isso é uma patetice. Aquilo que deveria preocupar este ajuntamento de mediocridades a que alguns chamam Governo deveriam ser questões como o congelamento de vencimentos (que já leva uma década), a dignificação dos ex-combatentes do Ultramar que recebem pensões absolutamente indecorosas face ao que fizeram pela pátria, o atraso nas promoções profissionais ou ainda o originário e tão ou mais urgente, estatuto do militar. Mas não, o importante é o género e a forma como se fala. Luís de Camões disse um dia que o fraco rei faz fraca a forte gente. Que quem (des)governa Portugal não catapulte a sua fraqueza num dos mais fortes baluartes do país. Portugal, os portugueses, os três ramos das Forças Armadas portuguesas e todos os militares que das suas fileiras constam, merecem muito mais. Muito mais e muito melhor!

Escreve à sexta-feira