Este é o título desta coluna, que gostaríamos de explicitar, já que há pessoas que, ainda hoje, não percebem a relação entre estas três palavras, coisa que nós assimilámos há mais de 60 anos!
As palavras transmitem conceitos e, por isso, têm que ser utilizadas nos contextos próprios, ou apropriados, já que de outra forma as ideias podem ser apreendidas, por terceiros, de uma forma distorcida e provocar equívocos.
A educação é una e indivisível, ou seja, é um todo, quer isto dizer que é global, tal como o ser humano (Gestalt), refere-se a múltiplos aspetos, tem que ser completa, quer no plano Intelectual, quer Físico, quer ainda, acima de tudo, no PLANO DA FORMAÇÃO MORAL, ou seja, do CARÁTER.
Por isso o Desporto-Formação está contido na Educação, faz parte dela e quando se vê alguém, que pratica qualquer desporto sem cumprir as regras estabelecidas, diz-se que não tem Educação!!! . Mas a Educação está subordinada à Política, por que é ela que a determina e estrutura, a nível do Estado.
A Política é a atividade mais importante, numa Sociedade Democrática, porque envolve todos os cidadãos, maiores de idade e na plenitude dos seus direitos Políticos e Civis, que desta forma escolhem, em períodos próprios, e regulados por Lei, os seus dirigentes.
O Desporto-Educação não tem que ter qualquer aspeto lúdico ou de prazer, antes pelo contrário, já que a Educação-Formação exige Austeridade, Trabalho, Persistência, Esforço Consciente, Controlo Emocional, Atenção e Espírito de Entrosamento e Cooperação Social. Quem a determina deve ser o Estado e pode até variar, de acordo com as circunstâncias, já que num período de Paz, não faz sentido aplicar o mesmo plano como quando o país está em guerra, com terceiros.
A Educação da Juventude, em regra, processa-se primeiro no seio da Família, mas entre os 18 e os 21 anos, deve ser o Estado a intervir para corrigir, ajustar ou melhorar aquilo que a Família fez, para ficar em sintonia com as necessidades do Estado.
A Defesa Nacional compete a todos os cidadãos, maiores de idade, que são apenas enquadrados pelos militares de carreira.
Até à era de NapoleãoBonaparte, os Senhores Feudais iam para a Guerra defender o que era deles próprios, Napoleão inverteu isso e colocou os filhos da Nação a defender o que é de todos, ou seja, democratizou a guerra.
A questão é que, hoje, o Estado, através do Ministério da Educação e não só, não está preparado, quer para perceber isto, quer ainda menos para atuar no sentido de preparar a Juventude, para ser ela própria a fazer a Defesa do nosso Território e a Preservação do Espírito de Unidade entre todos os cidadãos, que leva ao conceito de Nação.
A prova disso é de termos tido e continuarmos a ter, alguns deputados que não cumpriram o Serviço Militar, mesmo quando ele era obrigatório, e vários ministros, até da Defesa, que ficaram isentos desse ‘serviço’ essencial para a sobrevivência do país.
Isto em Portugal, infelizmente, é uma realidade e é pena que o Governo e o Parlamento não sintam necessidade, urgente, de alterar esta situação.
Isso é que é incompreensível!.
Sociólogo
Escreve quinzenalmente