Hoje comemora-se pela segunda vez o Dia Internacional da Educação, proclamado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas – uma efeméride recente que representa mais um passo no reconhecimento do papel fundamental desempenhado pela educação no que ao desenvolvimento sustentável diz respeito. A Agenda da UNESCO consagra-o na Agenda 2030 sob o lema “Transformando o nosso Mundo” – um caminho definido para uma educação equitativa e inclusiva, de qualidade e com oportunidades de aprendizagem para todos. Onde todos têm lugar. De facto, esta é a base de tudo. Sem ela, o pensamento nunca poderá sair coerente, nem o crescimento devidamente sustentado. Através da aprendizagem, do estudo, da interação entre pessoas, seja na profundidade da matéria ou na investigação de novos horizontes.
A educação é a força mais poderosa de que dispomos para garantir melhorias significativas em matéria de saúde, estimular o crescimento económico e aproveitar o potencial e a inovação de que precisamos para construir sociedades mais resilientes e sustentáveis. Isso significa que não há evolução sem educação, porque ela encerra em si o princípio de tudo, tarefa que divide com a importância da cultura e dos ativos culturais, seja pela arte ou pelos costumes. Na verdade, será talvez neste ponto que as sociedades mais facilmente se dividem em mais ou menos desenvolvidas. É esta a peça que atrasa o desenvolvimento de tantos povos e que acaba por tornar desigual o acesso ao mercado e, através deste, ao sucesso na vida.
É nesta área tão decisiva que se nos deparam talvez os maiores desafios dos nossos tempos, no crescimento através da igualdade, mas também no encontrar soluções alternativas e criativas ao ensino que tínhamos até há pouco. Um ensino que metia todos no mesmo saco e que prepara cada vez mais à medida de cada um, flexibilizando a oferta e diversificando as oportunidades. Hoje em dia, já é possível estudar fora com a mesma facilidade com que se estuda no país de origem, bem como a troca de experiências, através de programas como o Erasmus. Também o ensino profissional, que antes era visto como inferior, prepara cada vez melhor os alunos para os ofícios e é uma alternativa cada vez mais consistente ao tradicional.
O caminho será cada vez mais esse: mais prática, menos teoria, mais experiência, menos filosofia. Formar cada vez melhor os professores, dar-lhes condições para também eles poderem crescer e desenvolver competências e aptidões. Protegê-los para que possam desempenhar o seu trabalho da melhor forma e encontrar formatos que se adequem aos nos nossos jovens. As próprias profissões mudam todos os anos. Novos desafios se nos deparam todos os dias e só uma educação competente, criativa e prática, orientada para o sucesso dos seus alunos e orgulhosa de si e dos mesmos, pode competir com as melhores. Temos nisso a Universidade Nova como bom exemplo por cá. Soube aparecer, adaptar-se, encontrar um formato que encaixasse no país mas que se assemelhasse aos melhores do mundo, ao estilo “think local, act global”. É isso que devemos promover todos os dias. Só assim estaremos a preparar os nossos jovens para o sucesso.
“Um país que não investe na educação coloca uma barreira na sua evolução…”