José Sócrates e os salteadores dos cofres perdidos


A Operação Marquês vai ficar na história de Portugal e, daqui a muitos bons anos, quem estudar este processo não vai deixar de rir às gargalhadas, tal a imaginação demonstrada por alguns dos arguidos. 


José Sócrates y sus muchachos devem ter tido lições de guionismo em Hollywood, já que as histórias das heranças e dos cofres que se multiplicam são dignas da meca do cinema. Parece óbvio que os atores deste triste filme querem passar a ideia de que apenas houve uma fuga ao fisco, já que tanto a mãe do antigo primeiro-ministro como o seu suposto testa-de-ferro tinham cofres recheados de milhões de contos e de euros que apareceram agora como por artes mágicas. Se nos lembrarmos de que um dos maiores mafiosos da história só foi condenado pela fuga ao fisco, e não pelas outras maldades que fez, talvez Sócrates e afins não entrassem por aí.

Mas os depoimentos que agora começam a ser conhecidos demonstram bem a marosca que foi criada pelos arguidos. Se, numa primeira versão, os argumentos eram outros, agora está tudo em conformidade com o clã. É natural que se defendam uns aos outros, mas as desculpas são tão esfarrapadas que ninguém tem dúvidas de que não estamos perante uma cabala contra o antigo primeiro-ministro e seus amigos.

Lamentavelmente, o juiz responsável pela fase de instrução não seguiu o exemplo do seu colega que tem em mãos o processo do ataque à academia de Alcochete, onde este permite que quem queira ouvir o que é dito o possa fazer. Ivo Rosa conseguiu mesmo fazer uma leitura própria da lei, impedindo os assistentes de estarem na sala de tribunal. Calculo que seja a primeira vez que algum juiz o tenha feito.

P. S. O que dizer do advogado de uma das partes que pediu a detenção dos jornalistas que relatam o que se passa no interior do tribunal? Quererá o douto personagem que os crimes de que são acusados os arguidos sejam imputados aos jornalistas? Já faltou mais. 


José Sócrates e os salteadores dos cofres perdidos


A Operação Marquês vai ficar na história de Portugal e, daqui a muitos bons anos, quem estudar este processo não vai deixar de rir às gargalhadas, tal a imaginação demonstrada por alguns dos arguidos. 


José Sócrates y sus muchachos devem ter tido lições de guionismo em Hollywood, já que as histórias das heranças e dos cofres que se multiplicam são dignas da meca do cinema. Parece óbvio que os atores deste triste filme querem passar a ideia de que apenas houve uma fuga ao fisco, já que tanto a mãe do antigo primeiro-ministro como o seu suposto testa-de-ferro tinham cofres recheados de milhões de contos e de euros que apareceram agora como por artes mágicas. Se nos lembrarmos de que um dos maiores mafiosos da história só foi condenado pela fuga ao fisco, e não pelas outras maldades que fez, talvez Sócrates e afins não entrassem por aí.

Mas os depoimentos que agora começam a ser conhecidos demonstram bem a marosca que foi criada pelos arguidos. Se, numa primeira versão, os argumentos eram outros, agora está tudo em conformidade com o clã. É natural que se defendam uns aos outros, mas as desculpas são tão esfarrapadas que ninguém tem dúvidas de que não estamos perante uma cabala contra o antigo primeiro-ministro e seus amigos.

Lamentavelmente, o juiz responsável pela fase de instrução não seguiu o exemplo do seu colega que tem em mãos o processo do ataque à academia de Alcochete, onde este permite que quem queira ouvir o que é dito o possa fazer. Ivo Rosa conseguiu mesmo fazer uma leitura própria da lei, impedindo os assistentes de estarem na sala de tribunal. Calculo que seja a primeira vez que algum juiz o tenha feito.

P. S. O que dizer do advogado de uma das partes que pediu a detenção dos jornalistas que relatam o que se passa no interior do tribunal? Quererá o douto personagem que os crimes de que são acusados os arguidos sejam imputados aos jornalistas? Já faltou mais.