Eleições. PSD quer debater caso Tancos no Parlamento

Eleições. PSD quer debater caso Tancos no Parlamento


Caso Tancos continua a dominar a campanha. PSD quer debater o assunto no parlamento antes das eleições. Socialistas estão contra.


O caso Tancos entrou na campanha e veio para ficar. Rui Rio começou o dia de ontem com um desafio aos socialistas para esclarecem se “o SMS não existe e foi inventado pelo Ministério Público”. O PSD quer discutir o assunto no Parlamento em plena campanha eleitoral.

O primeiro ataque surgiu, logo pela manhã, pela voz de Rui Rio. O presidente do PSD considerou que “o PS está nervoso” com a dimensão que o caso ganhou na campanha e desafiou o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro a esclarecer publicamente se “o SMS não existe e foi inventado”. O líder do PSD referia-se à troca de mensagens entre Azeredo Lopes e o deputado do PS em que o ministro admitiu que já sabia da operação ilegal para recuperar o armamento, mas que não o poderia dizer na Assembleia da República.

Da parte da tarde, o PSD pediu uma reunião urgente para debater o caso Tancos. Numa carta enviada ao presidente da Assembleia da República, o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, considerou que “é pouco crível que o ex-ministro da Defesa Nacional não se tenha articulado, sobre este processo, com o responsável máximo do Governo, quando é público que o fez com um deputado do PS, o que levanta a suspeita da conivência do primeiro-ministro”.

O PSD defende que não só “foram sonegadas informações” ao Parlamento “como este órgão de soberania terá sido inebriado pelo Governo com informações, no âmbito deste processo, que não correspondem minimamente à realidade”.

A reunião da conferência de líderes foi convocada por Ferro Rodrigues para amanhã, às 11h30. O CDS apoia a realização deste debate. Bloquistas e PCP já garantiram que não se vão opor.

Só os socialistas contestaram a realização de um debate de urgência sobre Tancos. O grupo parlamentar do PS, em comunicado, deixou claro que o Parlamento não deve ser instrumentalizado em “pleno período de campanha eleitoral”.