Loja do cidadão dos Restauradores funciona hoje pela última vez. Sindicato prevê situação “caótica”


O governo vai encerrar a partir de amanhã a Loja do Cidadão dos Restauradores, onde eram atendidas cerca de três mil pessoas por dia. O encerramento é justificado pelo secretário de Estado para a Modernização Administrativa, Joaquim Cardoso da Costa, pelo elevado valor da renda anual – cerca de 700 mil euros. Em declarações à…


O governo vai encerrar a partir de amanhã a Loja do Cidadão dos Restauradores, onde eram atendidas cerca de três mil pessoas por dia. O encerramento é justificado pelo secretário de Estado para a Modernização Administrativa, Joaquim Cardoso da Costa, pelo elevado valor da renda anual – cerca de 700 mil euros.

Em declarações à Antena1, o secretário de Estado Luís Soares afirmou que o governo tem vindo a trabalhar na criação de um novo modelo de atendimento aos cidadãos e que pretende criar uma rede nacional que permita chegar mais perto das pessoas, combinando o atendimento presencial com as valências já disponíveis online.

Joaquim Cardoso da Costa revela que tem tido reuniões com autarcas da Área Metropolitana de Lisboa para que os primeiros novos postos de atendimento ao cidadão abram já no primeiro trimestre de 2014.

O fecho da Loja do Cidadão dos Restauradores, que entrou em funcionamento em 2001, estava previsto desde o ano passado devido à fraca qualidade do serviço. De acordo com a SIC Notícias, o plano inicial era abrir uma nova loja no Terreiro do Paço, mas a ideia não avançou. Os funcionários vão ser distribuidos por outros serviços e os lisboetas têm disponíveis a partir de amanhã a Loja do Cidadão das Laranjeiras e de Marvila.

Com o encerramento da loja nos Restauradores, o sindicato dos trabalhadores em funções públicas prevê que a situação será caótica nas restantes lojas. “O governo lançou em Fevereiro aquela teoria de que iria fechar a Loja do Cidadão dos Restauradores e depois iria abrir uma loja na zona fluvial, mas confirmou que não vai haver alternativa nenhuma”, referiu o sindicalista Luís Esteves à mesma estação de rádio.

“Estamos a falar de três mil utentes por dia que vão ser divididos por outros serviços que já estão em si sobrelotados. Basta ver a Loja do Cidadão das Laranjeiras ou de Marvila. São situações caóticas e só quem as visita é que vê o filme que já está montado”, reforçou.