Na sua mais recente encíclica que, tal como a de Leão xiii, podia levar o nome de Rerum Novarum (isto é, das coisas novas, e nada mais novo e inacreditável do que a súbita conversão do madaleno ao reino da probidade), o papa da Madalena afirmou quase o mesmo que o seu colega de 1891. Ora vejam: “Por toda a parte, os espíritos estão apreensivos e numa ansiedade expetante, o que por si só basta para mostrar quantos e quão graves interesses estão em jogo”.
Toda a gente sabe, com cisma ou sem cisma, que o papa da Madalena percebe mais de padres do que o Papa da Santa Sé. Afinal, foi o inabalável chefe da igreja das Antas, onde se formaram muitos jesuítas de apito que, vestidos de negro, parecem os vampiros do Zeca Afonso – aliás, como ele também referiu ainda esta semana. Toda a gente sabe que o_papa da Madalena sabe mais de árbitros do que todos os Papas de Avinhão juntos, já que os recebia em casa para lhes transmitir aconselhamento espiritual e os livrar do chamado irresistível das sereias que atacavam pelo calor da noite numa rogativa irresistível dos pecados da carne.
O_Papa Francisco pode ser um homenzinho bem-disposto que nos faz sorrir com algumas das suas tiradas surpreendentes.
O_papa da Madalena é um pândego! Se o ouvisse citar um outro padre, Salazar de seu nome, não me surpreendia: “A nós convinha que falasse. A outros haveria de convir mais o silêncio que só a morte poderia com segurança guardar”. O problema das encíclicas do madaleno é sempre o mesmo: podem ser pontifícias, mas não têm sumo. Cheiram a azedo… E a podre…