O silêncio ensurdecedor do PCP e do BE


A greve dos motoristas de transportes de matérias perigosas deixou o país virado do avesso. Em primeiro lugar, ficou a saber-se que Portugal está nas mãos destes homens, que conseguem paralisar o país em apenas um dia.


Quem diria que tantas bombas de gasolina, aeroportos ou bombeiros precisam de se abastecer todos os dias? Penso que o comum dos mortais não imaginava que tal fosse possível, principalmente quem não tem memória da última luta dos motoristas de pesados, que em 2008 provocou o caos com as suas reivindicações.

Por outro lado, não deixa de ser irónico que o PCP e o BE, que estão sempre ao lado dos trabalhadores nos seus anseios de melhores ordenados, optem agora por um silêncio ensurdecedor. Isto quando o Governo decreta a requisição civil, que poderá implicar o recurso a tropas para conduzirem os camiões que transportarão os combustíveis de Aveiras para o país. Quem diria que o preço a pagar pela geringonça implicaria uma mordaça no PCP e no BE? Ou será que estes partidos, principalmente o PCP, estão à espera que as coisas aqueçam para depois aparecerem como os grandes obreiros da paz? Mistério.

Quanto à greve, é ou não verdade que a mesma pode colocar em causa o dia-a-dia dos bombeiros, nomeadamente no transporte de feridos e doentes ou mesmo no combate a incêndios? Que os aviões já estão a ressentir-se desta greve, é óbvio. Mas também aqui se levanta outra questão. Qual a razão para não se ter feito um oleoduto que levaria os combustíveis até ao aeroporto sem necessidade de se recorrer a camiões? Outro mistério.

Quanto à luta propriamente dita, não se percebe a razão para o sindicato, oficialmente, exigir o dobro do ordenado dos camionistas. Mas estiveram bem até agora e só se lembraram disso em vésperas de eleições? Outro mistério. Por fim, o pânico que se instalou levou milhares de automobilistas a secarem os postos de abastecimento. Qual a razão para tanto nervosismo? Não há o famoso passe único, que foi inventado para tirar carros das estradas?


O silêncio ensurdecedor do PCP e do BE


A greve dos motoristas de transportes de matérias perigosas deixou o país virado do avesso. Em primeiro lugar, ficou a saber-se que Portugal está nas mãos destes homens, que conseguem paralisar o país em apenas um dia.


Quem diria que tantas bombas de gasolina, aeroportos ou bombeiros precisam de se abastecer todos os dias? Penso que o comum dos mortais não imaginava que tal fosse possível, principalmente quem não tem memória da última luta dos motoristas de pesados, que em 2008 provocou o caos com as suas reivindicações.

Por outro lado, não deixa de ser irónico que o PCP e o BE, que estão sempre ao lado dos trabalhadores nos seus anseios de melhores ordenados, optem agora por um silêncio ensurdecedor. Isto quando o Governo decreta a requisição civil, que poderá implicar o recurso a tropas para conduzirem os camiões que transportarão os combustíveis de Aveiras para o país. Quem diria que o preço a pagar pela geringonça implicaria uma mordaça no PCP e no BE? Ou será que estes partidos, principalmente o PCP, estão à espera que as coisas aqueçam para depois aparecerem como os grandes obreiros da paz? Mistério.

Quanto à greve, é ou não verdade que a mesma pode colocar em causa o dia-a-dia dos bombeiros, nomeadamente no transporte de feridos e doentes ou mesmo no combate a incêndios? Que os aviões já estão a ressentir-se desta greve, é óbvio. Mas também aqui se levanta outra questão. Qual a razão para não se ter feito um oleoduto que levaria os combustíveis até ao aeroporto sem necessidade de se recorrer a camiões? Outro mistério.

Quanto à luta propriamente dita, não se percebe a razão para o sindicato, oficialmente, exigir o dobro do ordenado dos camionistas. Mas estiveram bem até agora e só se lembraram disso em vésperas de eleições? Outro mistério. Por fim, o pânico que se instalou levou milhares de automobilistas a secarem os postos de abastecimento. Qual a razão para tanto nervosismo? Não há o famoso passe único, que foi inventado para tirar carros das estradas?