O alerta do ciclone Idai


Cinco dias depois do ciclone que afetou Moçambique, Malaui e Zimbabué, prosseguem as missões de salvamento sem ser ainda certo qual será o balanço final da tragédia. Estima-se que 2,6 milhões de pessoas tenham sido afetadas pela passagem da tempestade e pelas cheias, com os relatos e imagens a revelar uma destruição total. A Comissão…


Cinco dias depois do ciclone que afetou Moçambique, Malaui e Zimbabué, prosseguem as missões de salvamento sem ser ainda certo qual será o balanço final da tragédia. Estima-se que 2,6 milhões de pessoas tenham sido afetadas pela passagem da tempestade e pelas cheias, com os relatos e imagens a revelar uma destruição total.

A Comissão Europeia anunciou 3,5 milhões de euros de ajuda humanitária, as ONG mobilizaram-se, todo o trabalho está agora pela frente. Se a emergência está longe de estar ultrapassada, não há como ignorar mais um sinal de alerta de como a natureza pode ser devastadora e de que o impacto é sempre maior sobre quem tem menos.

Esta terça-feira a Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas reconheceu que este terá sido o maior desastre meteorológico no hemisfério sul. Nos últimos anos tem sido repetido o alerta de que os fenómenos naturais extremos serão cada vez mais frequentes – se países desenvolvidos estão mal preparados, muito mais difícil é o cenário em países em desenvolvimento e as projeções são dramáticas. Um relatório apresentado em 2017 pelo Conselho Norueguês dos Refugiados previu que nas próximas duas décadas os desastres naturais deixarão 14 milhões de pessoas desalojadas por ano.

O Banco Mundial estima que em 2050 haverá 143 milhões de refugiados climáticos na áfrica subsariana, sudeste asiático e América latina. Melhorar as construções e implementar sistemas de alertas precoce são alguns dos apelos que aos poucos vão ganhando forma, ainda lentamente. A reconstrução depois do ciclone Idai, já de si um esforço colossal, terá de passar também por aqui e será mais um desafio à solidariedade internacional.

O Pacto Global para uma Migração Segura das Nações Unidas assinado a 19 de dezembro 2018 em Marrocos incluiu pela primeira vez a agravante das alterações climáticas e a necessidade de reforçar estratégias de adaptação nos países de origem. Foi há três meses, devia ter sido há anos.    
 


O alerta do ciclone Idai


Cinco dias depois do ciclone que afetou Moçambique, Malaui e Zimbabué, prosseguem as missões de salvamento sem ser ainda certo qual será o balanço final da tragédia. Estima-se que 2,6 milhões de pessoas tenham sido afetadas pela passagem da tempestade e pelas cheias, com os relatos e imagens a revelar uma destruição total. A Comissão…


Cinco dias depois do ciclone que afetou Moçambique, Malaui e Zimbabué, prosseguem as missões de salvamento sem ser ainda certo qual será o balanço final da tragédia. Estima-se que 2,6 milhões de pessoas tenham sido afetadas pela passagem da tempestade e pelas cheias, com os relatos e imagens a revelar uma destruição total.

A Comissão Europeia anunciou 3,5 milhões de euros de ajuda humanitária, as ONG mobilizaram-se, todo o trabalho está agora pela frente. Se a emergência está longe de estar ultrapassada, não há como ignorar mais um sinal de alerta de como a natureza pode ser devastadora e de que o impacto é sempre maior sobre quem tem menos.

Esta terça-feira a Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas reconheceu que este terá sido o maior desastre meteorológico no hemisfério sul. Nos últimos anos tem sido repetido o alerta de que os fenómenos naturais extremos serão cada vez mais frequentes – se países desenvolvidos estão mal preparados, muito mais difícil é o cenário em países em desenvolvimento e as projeções são dramáticas. Um relatório apresentado em 2017 pelo Conselho Norueguês dos Refugiados previu que nas próximas duas décadas os desastres naturais deixarão 14 milhões de pessoas desalojadas por ano.

O Banco Mundial estima que em 2050 haverá 143 milhões de refugiados climáticos na áfrica subsariana, sudeste asiático e América latina. Melhorar as construções e implementar sistemas de alertas precoce são alguns dos apelos que aos poucos vão ganhando forma, ainda lentamente. A reconstrução depois do ciclone Idai, já de si um esforço colossal, terá de passar também por aqui e será mais um desafio à solidariedade internacional.

O Pacto Global para uma Migração Segura das Nações Unidas assinado a 19 de dezembro 2018 em Marrocos incluiu pela primeira vez a agravante das alterações climáticas e a necessidade de reforçar estratégias de adaptação nos países de origem. Foi há três meses, devia ter sido há anos.