Uma sugestão ao VAR


A Taça da Liga foi ganha pelo Sporting com sangue, suor e lágrimas. Dois jogadores de Alvalade partiram o nariz, com a coincidência de ocuparem o mesmo lugar em campo: um acabara de substituir o outro. Até por isso, a vitória foi um prémio merecido para os leões.  E a derrota acabou por ser um castigo…


A Taça da Liga foi ganha pelo Sporting com sangue, suor e lágrimas. Dois jogadores de Alvalade partiram o nariz, com a coincidência de ocuparem o mesmo lugar em campo: um acabara de substituir o outro. Até por isso, a vitória foi um prémio merecido para os leões. 

E a derrota acabou por ser um castigo merecido para o FC Porto, cujo treinador não soube respeitar o adversário. Desmereceu o triunfo leonino, classificando-o de “injusto”, num jogo quase igual ao que o Porto tivera com o Benfica, embora com história diversa. Nesse encontro, a primeira parte fora equilibrada e o Benfica dominara na segunda – mas o Porto acabou por ganhar. Neste jogo, a primeira parte foi equilibrada e o Porto dominou na segunda – mas o Sporting acabou por ganhar. 

Perante isto, Sérgio Conceição só tinha de ficar calado. Quem com ferro mata, com ferro morre.

Mas esta Taça da Liga ficará célebre por outras razões: a violenta polémica sobre as arbitragens, que envolveu os presidentes dos quatro clubes participantes na fase final. 

Diga-se desde já que ela teve um lado positivo: chamou a atenção para uma prova que era desprezada, trazendo-a para o primeiro plano. A Taça da Liga nunca mais será a mesma. 

Mas a verdade é que as arbitragens das meias-finais foram incompreensivelmente desastradas. Não discutindo os outros lances, a anulação de um golo legal ao Benfica, por fora de jogo, atingiu foros de escândalo. É que, se nos livres ou nos penáltis há sempre um certo grau de subjetividade, nos foras-de-jogo não há dúvidas. Assim, não se compreende que um árbitro com recurso a tecnologia, que pode parar as imagens e andar com elas para trás, não tenha percebido que o avançado do Benfica estava atrás do último defesa do Porto. 

Um homem que não conseguiu ver isto não pode arbitrar – e fez muito bem em retirar-se para refletir e aprender. 

Entretanto, para acabar com as dúvidas – e na esperança de que alguém com influência no futebol português leia esta crónica e leve a sugestão às instâncias internacionais -, faço uma proposta simples de alteração à lei do offside. A proposta é esta: um jogador só estará deslocado quando o seu corpo estiver “na totalidade” à frente do último jogador adversário. Assim, não haverá mais discussões sobre se o bico da bota está atrás ou à frente…

Tal como, nos foras ou nos golos, a bola tem de estar toda para além da linha, nos foras-de-jogo, um jogador, para estar offside, teria de ter todo o corpo destacado em relação ao adversário.


Uma sugestão ao VAR


A Taça da Liga foi ganha pelo Sporting com sangue, suor e lágrimas. Dois jogadores de Alvalade partiram o nariz, com a coincidência de ocuparem o mesmo lugar em campo: um acabara de substituir o outro. Até por isso, a vitória foi um prémio merecido para os leões.  E a derrota acabou por ser um castigo…


A Taça da Liga foi ganha pelo Sporting com sangue, suor e lágrimas. Dois jogadores de Alvalade partiram o nariz, com a coincidência de ocuparem o mesmo lugar em campo: um acabara de substituir o outro. Até por isso, a vitória foi um prémio merecido para os leões. 

E a derrota acabou por ser um castigo merecido para o FC Porto, cujo treinador não soube respeitar o adversário. Desmereceu o triunfo leonino, classificando-o de “injusto”, num jogo quase igual ao que o Porto tivera com o Benfica, embora com história diversa. Nesse encontro, a primeira parte fora equilibrada e o Benfica dominara na segunda – mas o Porto acabou por ganhar. Neste jogo, a primeira parte foi equilibrada e o Porto dominou na segunda – mas o Sporting acabou por ganhar. 

Perante isto, Sérgio Conceição só tinha de ficar calado. Quem com ferro mata, com ferro morre.

Mas esta Taça da Liga ficará célebre por outras razões: a violenta polémica sobre as arbitragens, que envolveu os presidentes dos quatro clubes participantes na fase final. 

Diga-se desde já que ela teve um lado positivo: chamou a atenção para uma prova que era desprezada, trazendo-a para o primeiro plano. A Taça da Liga nunca mais será a mesma. 

Mas a verdade é que as arbitragens das meias-finais foram incompreensivelmente desastradas. Não discutindo os outros lances, a anulação de um golo legal ao Benfica, por fora de jogo, atingiu foros de escândalo. É que, se nos livres ou nos penáltis há sempre um certo grau de subjetividade, nos foras-de-jogo não há dúvidas. Assim, não se compreende que um árbitro com recurso a tecnologia, que pode parar as imagens e andar com elas para trás, não tenha percebido que o avançado do Benfica estava atrás do último defesa do Porto. 

Um homem que não conseguiu ver isto não pode arbitrar – e fez muito bem em retirar-se para refletir e aprender. 

Entretanto, para acabar com as dúvidas – e na esperança de que alguém com influência no futebol português leia esta crónica e leve a sugestão às instâncias internacionais -, faço uma proposta simples de alteração à lei do offside. A proposta é esta: um jogador só estará deslocado quando o seu corpo estiver “na totalidade” à frente do último jogador adversário. Assim, não haverá mais discussões sobre se o bico da bota está atrás ou à frente…

Tal como, nos foras ou nos golos, a bola tem de estar toda para além da linha, nos foras-de-jogo, um jogador, para estar offside, teria de ter todo o corpo destacado em relação ao adversário.