Uma grande medida do governo


Com o aumento da esperança de vida seria lógico que o governo começasse a olhar para uma lei completamente caduca: a da obrigatoriedade de quem trabalha para o Estado se reformar obrigatoriamente aos 70 anos. 


Segundo o “Público” de ontem, o Executivo de António Costa já tem preparada a alteração que equiparará o setor público ao privado, possibilitando a quem quer e pode continuar a trabalhar que o faça. Claro que são só algumas profissões que se enquadram nesta nova realidade, já que ninguém está a ver, por exemplo, um polícia de 70 anos a patrulhar as ruas. 

Mas o que dizer de médicos que quando atingem os 70 anos vão trabalhar para o privado, muitas vezes contra a sua vontade, já que o seu desejo seria de o fazer no público? Esta proposta do governo será uma boa forma de combater a falta de médicos nos hospitais e nos centros de saúde. O mesmo se aplica a professores universitários e a muitas mais profissões que não implicam um grande esforço físico. Com a esperança de vida a ser superior em 20 anos em relação à data em que a lei entrou em vigor, é pois de aplaudir esta decisão governamental. Aliás, figuras como Gentil Martins, Manuel Antunes ou Daniel Sampaio já tinham alertado para a violência da reforma compulsiva aos 70 anos.

Claro que se deve ter em conta a renovação, mas há profissões que só têm a ganhar com a experiência de quem está apto a fazê-lo. Diz o PCP, sempre tão rápido a disparar quando se fala nos seus dogmas, que o governo deve é apostar nas reformas aos 65 anos sem penalizações e de quem tem mais de 40 anos de descontos. Mas o que tem uma coisa a ver com a outra? Bem pelo contrário, se tivermos pessoas a descontar mais anos, haverá verbas para pagar àqueles que se reformaram mais cedo.

Além das vantagens para a população em geral – ter mais médicos e professores universitários, por exemplo – a vida dos septuagenários pode melhorar muito por se manterem ativos no lugar onde sempre foram felizes, em vez de irem para casa ou para um lugar que não desejam.
 


Uma grande medida do governo


Com o aumento da esperança de vida seria lógico que o governo começasse a olhar para uma lei completamente caduca: a da obrigatoriedade de quem trabalha para o Estado se reformar obrigatoriamente aos 70 anos. 


Segundo o “Público” de ontem, o Executivo de António Costa já tem preparada a alteração que equiparará o setor público ao privado, possibilitando a quem quer e pode continuar a trabalhar que o faça. Claro que são só algumas profissões que se enquadram nesta nova realidade, já que ninguém está a ver, por exemplo, um polícia de 70 anos a patrulhar as ruas. 

Mas o que dizer de médicos que quando atingem os 70 anos vão trabalhar para o privado, muitas vezes contra a sua vontade, já que o seu desejo seria de o fazer no público? Esta proposta do governo será uma boa forma de combater a falta de médicos nos hospitais e nos centros de saúde. O mesmo se aplica a professores universitários e a muitas mais profissões que não implicam um grande esforço físico. Com a esperança de vida a ser superior em 20 anos em relação à data em que a lei entrou em vigor, é pois de aplaudir esta decisão governamental. Aliás, figuras como Gentil Martins, Manuel Antunes ou Daniel Sampaio já tinham alertado para a violência da reforma compulsiva aos 70 anos.

Claro que se deve ter em conta a renovação, mas há profissões que só têm a ganhar com a experiência de quem está apto a fazê-lo. Diz o PCP, sempre tão rápido a disparar quando se fala nos seus dogmas, que o governo deve é apostar nas reformas aos 65 anos sem penalizações e de quem tem mais de 40 anos de descontos. Mas o que tem uma coisa a ver com a outra? Bem pelo contrário, se tivermos pessoas a descontar mais anos, haverá verbas para pagar àqueles que se reformaram mais cedo.

Além das vantagens para a população em geral – ter mais médicos e professores universitários, por exemplo – a vida dos septuagenários pode melhorar muito por se manterem ativos no lugar onde sempre foram felizes, em vez de irem para casa ou para um lugar que não desejam.