Tatuagens, gays, política e censura chinesa


Depois do folclore montado à volta da canção israelita – como se a cantora estivesse a atacar os territórios ocupados – chegou a vez do número do canal chinês que censurou as interpretações dos intérpretes albaneses e irlandeses, num dos casos por uso de tatuagens e no outro de a música fazer alusões à homossexualidade.


Se há fenómenos que são muito engraçados o Festival da Eurovisão é um deles. Sendo certo que é uma grande jogada para o país, já que, supostamente, vão entrar muitos milhões na economia portuguesa, não deixa também de ser verdade que o histerismo à volta do evento é completamente desproporcional à sua importância. Durante largos anos – depois de um arranque em que lançaram grandes nomes como os Abba, tendo Portugal apresentado então grandes autores como Paulo de Carvalho – o Festival caiu como para uma segunda divisão do entretenimento musical, sendo substituído por concursos como a Chuva de Estrelas e afins.

As televisões apostavam num modelo mais vivo em que se tentavam descobrir grandes vozes no meio do povo. Mas com uma fantástica operação de marketing, o Festival da Eurovisão conseguiu ressuscitar das trevas, e é hoje notícia em todo o mundo, já que há grupos de pessoas que seguem o acontecimento como se fosse uma final do Campeonato do Mundo, e as cidades onde se realizam as finais são literalmente invadidas pelos fãs do evento.

O concurso sempre teve conotações políticas e este ano não foge à regra. Depois do folclore montado à volta da canção israelita – como se a cantora estivesse a atacar os territórios ocupados – chegou a vez do número do canal chinês que censurou as interpretações dos intérpretes albaneses e irlandeses, num dos casos por uso de tatuagens e no outro de a música fazer alusões à homossexualidade. Também bandeiras alusivas ao movimento LGBT foram “escondidas” pela emissão do canal chinês. Os organizadores não perderam tempo e rescindiram o contrato com o referido canal. Mas onde é que os chineses estavam com a cabeça para não terem percebido que o evento é uma grande demonstração da comunidade gay que quer, e bem, fazer valer os seus direitos? Era o mesmo que transmitir um jogo de futebol e tapar as pernas aos jogadores, pois estas podiam ofender os espíritos mais sensíveis. 


Tatuagens, gays, política e censura chinesa


Depois do folclore montado à volta da canção israelita – como se a cantora estivesse a atacar os territórios ocupados – chegou a vez do número do canal chinês que censurou as interpretações dos intérpretes albaneses e irlandeses, num dos casos por uso de tatuagens e no outro de a música fazer alusões à homossexualidade.


Se há fenómenos que são muito engraçados o Festival da Eurovisão é um deles. Sendo certo que é uma grande jogada para o país, já que, supostamente, vão entrar muitos milhões na economia portuguesa, não deixa também de ser verdade que o histerismo à volta do evento é completamente desproporcional à sua importância. Durante largos anos – depois de um arranque em que lançaram grandes nomes como os Abba, tendo Portugal apresentado então grandes autores como Paulo de Carvalho – o Festival caiu como para uma segunda divisão do entretenimento musical, sendo substituído por concursos como a Chuva de Estrelas e afins.

As televisões apostavam num modelo mais vivo em que se tentavam descobrir grandes vozes no meio do povo. Mas com uma fantástica operação de marketing, o Festival da Eurovisão conseguiu ressuscitar das trevas, e é hoje notícia em todo o mundo, já que há grupos de pessoas que seguem o acontecimento como se fosse uma final do Campeonato do Mundo, e as cidades onde se realizam as finais são literalmente invadidas pelos fãs do evento.

O concurso sempre teve conotações políticas e este ano não foge à regra. Depois do folclore montado à volta da canção israelita – como se a cantora estivesse a atacar os territórios ocupados – chegou a vez do número do canal chinês que censurou as interpretações dos intérpretes albaneses e irlandeses, num dos casos por uso de tatuagens e no outro de a música fazer alusões à homossexualidade. Também bandeiras alusivas ao movimento LGBT foram “escondidas” pela emissão do canal chinês. Os organizadores não perderam tempo e rescindiram o contrato com o referido canal. Mas onde é que os chineses estavam com a cabeça para não terem percebido que o evento é uma grande demonstração da comunidade gay que quer, e bem, fazer valer os seus direitos? Era o mesmo que transmitir um jogo de futebol e tapar as pernas aos jogadores, pois estas podiam ofender os espíritos mais sensíveis.