O futuro dos cigarros


Estaremos com toda a certeza todos de acordo que não existe futuro para os cigarros. Quanto tempo durarão, ninguém sabe, mas não é difícil perspetivar que gerações não muito longínquas das nossas olharão para trás com um misto de estupefação e troça quando analisarem o que fazemos nós ao corpo deliberada e conscientemente. 


É, ainda assim, um mistério de difícil resolução. Todos os fumadores responderão positivamente se lhes perguntarem se desejam deixar de fumar. Daí até efetivarem vai, no entanto, um passo demasiado grande para muitos. É por isso que se considera um vício, seja pelo sabor, pelos componentes ou apenas pela sensação de ter alguma coisa na mão.
São essas certezas de finitude a médio prazo que levam as grandes empresas mundiais a mudarem a agulha, apostando largos milhões em investigação e de-senvolvimento para tentarem chegar a um produto que tenha o mínimo de nocividade possível mas que, ainda assim, “prenda” os seus “utilizadores” e lhes permita continuar um negócio rico e poderoso. Se todos sabemos que fumar provoca doenças graves, todas as pessoas que fumam gostariam de ter à sua disposição um substituto que lhes desse o mesmo prazer sem os riscos inerentes. É por essa razão que nos últimos anos temos assistido ao surgimento de diversas alternativas, desde cigarros eletrónicos a vaporizadores e produtos de aquecimento sem combustão. Mas o que todos queremos mesmo saber é quais são os riscos a que estamos expostos e que mal fazem estes novos produtos. Se fazem menos mal que os cigarros e quão menos. Queremos respostas.

Assumo que sou fumador do cada vez mais conhecido IQOS e que forcei a mudança por achar que não faria tanto mal. Investiguei um pouco sobre o assunto. O que me foi dito é que, à partida, estas plataformas que aquecem sem queimar e que não envolvem combustão, mas sim aerossóis de nicotina, estarão potencialmente mais próximas de reduzir os riscos. Só posso falar por mim: desde que passei a utilizá-los sinto-me melhor fisicamente e o mal-estar no estômago desapareceu, assim como o cheiro na roupa. Já não consigo sequer pegar num cigarro normal, sabe-me mal. Pode ser psicológico, mas um cigarro, hoje em dia, sabe-me a químicos e a papel e dá-me náuseas.
É cada vez mais certo que a nicotina por si só não é especialmente perigosa, mas sim tudo o que a rodeia num cigarro.

Também todos sabemos que os cigarros fazem mal à saúde, mas será mais fácil ver um porco a andar de bicicleta do que um médico a sugerir um entre dois males. Era, no entanto. importante perceber, no meio de tanto ruído e de tanta desinformação, o que de facto corresponde à verdade, em que ponto estamos e quais são as reais e grandes diferenças entre uns produtos e outros. Sei o que o meu corpo sente agora, mas não sei o que sentirá no futuro – e gostava de estar elucidado.

Para quem não quer deixar de fumar, será que estes novos produtos são ou não substancialmente menos nocivos do que os cigarros? E quais são as verdadeiras diferenças entre estes vários produtos alternativos? Será que quem não quer abdicar do prazer de fumar poderá um dia vir a “vapear” em relativa segurança? É que, devido ao crescimento demográfico no mundo, existem hoje mais fumadores do que existiam há dez anos e torna-se imperativo percebermos sem demagogias para onde estamos a caminhar, até porque, com a estilização dos novos produtos, estes estão a criar um novo status aspiracional. Que não faz bem, já sei, que é preferível deixar, também, e que me sinto melhor do que com os cigarros, idem. É fundamental perceber através da toxicologia dos sistemas qual é a redução de toxicidade e em que medida estas inovações melhoram a vida das pessoas.


O futuro dos cigarros


Estaremos com toda a certeza todos de acordo que não existe futuro para os cigarros. Quanto tempo durarão, ninguém sabe, mas não é difícil perspetivar que gerações não muito longínquas das nossas olharão para trás com um misto de estupefação e troça quando analisarem o que fazemos nós ao corpo deliberada e conscientemente. 


É, ainda assim, um mistério de difícil resolução. Todos os fumadores responderão positivamente se lhes perguntarem se desejam deixar de fumar. Daí até efetivarem vai, no entanto, um passo demasiado grande para muitos. É por isso que se considera um vício, seja pelo sabor, pelos componentes ou apenas pela sensação de ter alguma coisa na mão.
São essas certezas de finitude a médio prazo que levam as grandes empresas mundiais a mudarem a agulha, apostando largos milhões em investigação e de-senvolvimento para tentarem chegar a um produto que tenha o mínimo de nocividade possível mas que, ainda assim, “prenda” os seus “utilizadores” e lhes permita continuar um negócio rico e poderoso. Se todos sabemos que fumar provoca doenças graves, todas as pessoas que fumam gostariam de ter à sua disposição um substituto que lhes desse o mesmo prazer sem os riscos inerentes. É por essa razão que nos últimos anos temos assistido ao surgimento de diversas alternativas, desde cigarros eletrónicos a vaporizadores e produtos de aquecimento sem combustão. Mas o que todos queremos mesmo saber é quais são os riscos a que estamos expostos e que mal fazem estes novos produtos. Se fazem menos mal que os cigarros e quão menos. Queremos respostas.

Assumo que sou fumador do cada vez mais conhecido IQOS e que forcei a mudança por achar que não faria tanto mal. Investiguei um pouco sobre o assunto. O que me foi dito é que, à partida, estas plataformas que aquecem sem queimar e que não envolvem combustão, mas sim aerossóis de nicotina, estarão potencialmente mais próximas de reduzir os riscos. Só posso falar por mim: desde que passei a utilizá-los sinto-me melhor fisicamente e o mal-estar no estômago desapareceu, assim como o cheiro na roupa. Já não consigo sequer pegar num cigarro normal, sabe-me mal. Pode ser psicológico, mas um cigarro, hoje em dia, sabe-me a químicos e a papel e dá-me náuseas.
É cada vez mais certo que a nicotina por si só não é especialmente perigosa, mas sim tudo o que a rodeia num cigarro.

Também todos sabemos que os cigarros fazem mal à saúde, mas será mais fácil ver um porco a andar de bicicleta do que um médico a sugerir um entre dois males. Era, no entanto. importante perceber, no meio de tanto ruído e de tanta desinformação, o que de facto corresponde à verdade, em que ponto estamos e quais são as reais e grandes diferenças entre uns produtos e outros. Sei o que o meu corpo sente agora, mas não sei o que sentirá no futuro – e gostava de estar elucidado.

Para quem não quer deixar de fumar, será que estes novos produtos são ou não substancialmente menos nocivos do que os cigarros? E quais são as verdadeiras diferenças entre estes vários produtos alternativos? Será que quem não quer abdicar do prazer de fumar poderá um dia vir a “vapear” em relativa segurança? É que, devido ao crescimento demográfico no mundo, existem hoje mais fumadores do que existiam há dez anos e torna-se imperativo percebermos sem demagogias para onde estamos a caminhar, até porque, com a estilização dos novos produtos, estes estão a criar um novo status aspiracional. Que não faz bem, já sei, que é preferível deixar, também, e que me sinto melhor do que com os cigarros, idem. É fundamental perceber através da toxicologia dos sistemas qual é a redução de toxicidade e em que medida estas inovações melhoram a vida das pessoas.