Os novos pides são ainda mais cobardolas


Não é segredo para ninguém que caminhamos para uma sociedade fascizoide em que os governos com alguns aliados bem pensantes querem determinar tudo o que fazemos na nossa vida pública, enquanto não chegam à privada.


É claro que um dos grandes aliados dessa frente de combate está no anonimato das redes sociais, onde todos os cobardolas são corajosos e onde os corajosos viram cordeirinhos para não descerem a determinados níveis, embora deem a cara e não se escondam em nicknames, como os valentes facebookianos.

Os novos censores dos costumes ainda nos vão obrigar a todos a sermos vegetarianos, a tornarmo-nos totalmente abstémios quando conduzimos, a não fumarmos, mesmo em casa. Digamos que têm uma cartilha que não difere muito da PIDE, a tal que exigia licença de isqueiro. O sal faz mal? Então tem de ser proibida a presença de saleiros nos restaurantes; o açúcar é responsável por uma série de doenças? Acabem-se com os doces nas escolas, hospitais e, já agora, à porta dos cemitérios.

Os fritos são prejudiciais? Expulsem os salgados de todos os espaços públicos. Por outro lado, esses mesmos ditadores de trazer por casa, querem mudar os costumes que acham pouco modernos. Tudo o que tem a ver com identidade de género merece a aprovação. Não faltará muito tempo para os estabelecimentos comerciais serem obrigados a terem três tipos de casas de banho: homens, mulheres e outro género.

E, diga-se, que fique bem claro, que nada tenho contra quem quer ir a restaurantes sem fumadores ou veganos, queira mudar de sexo ou lutar por ser hermafrodita. Para mim, cada um faz o que bem entender desde que não interfira com a liberdade dos outros.

E isso é que é fundamental: que se respeitem as opiniões dos outros e que nos deixem, por exemplo, frequentar espaços para fumadores, restaurantes que façam bifes maravilhosos ou frequentar discotecas onde param todos os géneros. Mas cada vez mais isso será uma miragem, pois os censores da liberdade de imprensa até as opiniões querem limitar. Mas vamos dar-lhes luta. Viva a liberdade.