Brasil quer de volta o presidente corrupto


As sondagens feitas no Brasil indicam que Lula da Silva, se conseguir candidatar-se à presidência da República no próximo ano, ganhará as eleições sejam quais forem os adversários. 


 O antigo presidente que está acusado de vários crimes de corrupção – ainda recentemente um dos seus ex-braços direitos denunciou todo o esquema ilícito com a construtora Odebrecht – consegue sobreviver como se nada se passasse.

As provas são tantas que fazem lembrar um caso português, só que, felizmente, ainda vai uma grande distância entre os dois países. Lula é um herói para os pobres que sempre o viram como um deus, num país onde os ricos se comportam da mesma forma que o antigo presidente. Isto é: são poucos os políticos que não estão acusados de corrupção. Talvez por esse facto, a maioria da população demonstre vontade em tê-lo de novo na cadeira do poder. O caso de Lula é tão impressionante já que se sabe que a sua família enriqueceu descaradamente quando o metalúrgico se instalou em Brasília.

Mas, lá como cá, sempre que alguém de esquerda é preso, tudo não passa de uma cabala. Já se é alguém de direita é um malandro que tem de estar atrás das grades. Tudo porque as pessoas, regra geral, não conseguem olhar para a realidade com a distância necessária.

Se alguém é corrupto o que interessa se é de direita ou de esquerda? Interessa apenas se prejudicou o Estado, logo todos os cidadãos, e se merece ser condenado pelos atos de que é acusado. Mas Lula é um verdadeiro caso de popularidade que não tem comparação com ninguém. Mesmo com todas as denúncias, com todas as evidências, o barbudo mais famoso do Brasil está na linha da frente para se tornar o novo presidente brasileiro.

Isto claro, caso a Justiça não consiga condená-lo antes das eleições. E até pode ser que Lula tenha a companhia do atual presidente no banco dos réus. Num tribunal não muito distante. Afinal, são todos farinha do mesmo saco.