Ministro defende que Pedro Nuno Santos se retrate de insinuações sobre Spinunviva

Ministro defende que Pedro Nuno Santos se retrate de insinuações sobre Spinunviva


Depois de mais de duas semanas de notícias, de duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e do anúncio do PS de que iria apresentar uma comissão de inquérito, a crise política acabou com a queda do governo, após o chumbo de uma moção de confiança


O ministro da Presidência pediu esta sexta-feira ao líder do PS que se retrate das insinuações de que a Spinumviva, que pertencia ao primeiro-ministro, era uma empresa de fachada.

“Nós já estamos naquela fase em que, depois de semanas de insinuações” contra o primeiro-ministro, essas suspeitas “foram e estão a ser desmontadas uma a uma e mostradas como falsas”, afirmou Leitão Amaro.

Daí que, “começa a ser o momento desses dirigentes políticos se retratarem das insinuações e suspeitas que lançaram”, acrescentou o governante à margem da conferência “Família, Imigração e Discriminação”, organizada pela Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF).

“Hoje sabemos que a palavra do primeiro-ministro era verdadeira e que as insinuações do líder do Partido Socialista eram falsas”, disse Leitão Amaro, recordando que “foi conhecida uma reportagem que demonstrou cabalmente e definitivamente que o líder da oposição faltou à verdade nas insinuações que fez quando dizia que o primeiro-ministro tinha tido uma empresa de fachada e sem atividade”.

O ministro referia-se a um trabalho do Observador que pormenoriza a existência de trabalhos regulares da empresa, em particular ao grupo hoteleiro e de casinos Solverde.

“Nessa reportagem séria de um órgão de comunicação social com acesso a documentação, ficou demonstrado que sim, aquilo era uma empresa e uma empresa real, com atividade real, com colaboradores reais, a prestarem serviços que até não são especialmente caros para o mercado”, afirmou Leitão Amaro.

A crise política teve início em fevereiro com a publicação de uma notícia sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva, que levantava dúvidas sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos e políticos.

Depois de mais de duas semanas de notícias, de duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e do anúncio do PS de que iria apresentar uma comissão de inquérito, a crise política acabou com a queda do governo, após o chumbo de uma moção de confiança.

“Neste Governo, somos todos independentes e o primeiro-ministro estabelece esse exemplo. É totalmente independente de quaisquer interesses particulares”, assegurou Leitão Amaro, considerando que “têm caído todas as insinuações feitas uma a uma” sobre a idoneidade de Luís Montenegro.

O ministro da Presidência insistiu que “quem fez e quem lançou suspeitas infundadas, perceba e se retrate das acusações e insinuações graves que fez”, acrescentando que “hoje 

sabemos que a palavra do primeiro-ministro era verdadeira e que as insinuações do líder da oposição do Partido Socialista eram falsas”.