Manter as “relações mais positivas possíveis” com os EUA é objetivo do Canadá

Manter as “relações mais positivas possíveis” com os EUA é objetivo do Canadá


Com 41 milhões de habitantes, o Canadá está imerso numa guerra comercial com o seu vizinho do sul desde a chegada à Casa Branca de Donald Trump


O novo primeiro-ministro do Canadá afirmou, esta segunda-feira, que o país está decidido a manter “as relações mais positivas possíveis” com os EUA. Mark Carney falava num encontro em Paris com o presidente francês.

“Quero assegurar-me de que França e toda Europa trabalham com entusiasmo com o Canadá, o país mais europeu dos países não europeus, decidido, como vocês, a manter as relações mais positivas possíveis com os Estados Unidos”, declarou numa conferência de imprensa ao lado de Emmanuel Macron no Palácio do Eliseu.

A viagem de Carney a França é a primeira desde que assumiu o cargo na sexta-feira. O primeiro-ministro liberal, que depois irá a Londres, procura reforçar alianças na Europa, num contexto de fortes tensões com os EUA.

Com 41 milhões de habitantes, o Canadá está imerso numa guerra comercial com o seu vizinho do sul desde a chegada à Casa Branca de Donald Trump. 

O presidente norte-americano impôs uma série de tarifas sobre os bens canadianos, uma medida que ameaça desencadear uma recessão no país. Também ameaçou anexar o Canadá ao afirmar que deveria ser o “51º estado americano”.

Carney, de 60 anos, afirmou em Paris que “é mais importante que nunca que o Canadá reforce os laços com aliados confiáveis como a França”. O líder do governo canadiano acrescentou que “ambos defendemos a soberania e a segurança, demonstradas pelo nosso apoio inabalável à Ucrânia”. 

Tanto Canadá como França participaram no sábado, por videoconferência na cimeira sobre a Ucrânia organizada pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.

Carney, que foi governador do Banco da Inglaterra, reunir-se-á em Londres com Starmer e com o rei Carlos III, que é também soberano do Canadá.