Europa. Quase 76 mil crianças morrem anulamente antes de fazerem cinco anos

Europa. Quase 76 mil crianças morrem anulamente antes de fazerem cinco anos


A região europeia apresenta ainda o maior consumo de álcool do mundo


Quase 76 mil crianças morrem por ano na Europa antes de fazerem cinco anos, alertou esta terça-feira a OMS. As doenças não transmissíveis são responsáveis pela morte de uma em cada seis pessoas antes dos 70 anos, acrescentou a organização.

Os dados constam de um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), abrangendo países da Europa e da Ásia Central. O relatório salienta que esta região, apesar de ter alguns dos melhores sistemas de saúde do mundo, apresenta indicadores estagnados ou mesmo em retrocesso, como a saúde infantil e as doenças crónicas.

Analisando os dados mais recentes sobre a mortalidade de crianças em 53 países, a OMS concluiu que 75.647 crianças morreram antes de completarem 5 anos em 2022. As  complicações no parto prematuro, a asfixia no parto, as anomalias cardíacas congénitas, as infeções respiratórias inferiores e a sépsis neonatal são as principais causas.

Segundo o relatório que é publicado a cada três anos, no que se refere à taxa de mortalidade neonatal em 2022, Portugal encontra-se no grupo com melhores indicadores, com 1.6. 

Já nas crianças com mais idade e nos adolescentes, a saúde mental foi identificada pela OMS como uma “prioridade urgente”, tendo em conta que o cyberbullying se tornou uma preocupação significativa, afetando 15% dos adolescentes da região.

De acordo com o documento, um em cada cinco adolescentes enfrenta um problema de saúde mental e o suicídio é a principal causa de morte entre os jovens dos 15 aos 29 anos.

A prevalência estimada de perturbações depressivas na população da região europeia da OMS aumentou de 4,6% em 2019 para 5,2% em 2021, com a Grécia a apresentar a maior prevalência de transtornos depressivos (7,6%), seguido por Portugal (7,1%) e Lituânia (7%).

A OMS alerta ainda que uma em cada seis pessoas morre antes dos 70 anos devido a doenças cardiovasculares, cancro, diabetes ou doenças respiratórias crónicas.

A região europeia apresenta ainda o maior consumo de álcool do mundo, com uma média de 8,8 litros de álcool puro por adulto por ano, enquanto o consumo de tabaco continua a ser “inaceitavelmente elevado”, com 25,3%.

Em 2020, Portugal encontrava-se ligeiramente acima da média europeia no consumo de álcool, com 8,9 litros por adulto anualmente.