A Câmara de Alandroal foi alvo de buscas da Polícia Judiciária (PJ), na sequência de uma denúncia anónima sobre a aquisição de um lote de terreno.
Em comunicado divulgado esta quinta-feira, o município indica que as buscas estão relacionadas com “uma denúncia anónima que põe em causa a aquisição pelo município de um lote de terreno no valor de sete mil euros, que já não faz parte do património municipal”.
Segundo a câmara, o processo foi conduzido “com transparência em sessão pública de câmara” e o negócio foi “sustentado por parecer jurídico dos serviços municipais e da CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional] Alentejo”.
No comunicado o município liderado pelo socialista João Grilo, que já anunciou a recandidatura ao cargo nas autárquicas deste ano, assinalou que “tem colaborado com total transparência” com as autoridades. É “do maior interesse [da autarquia] e do presidente que a situação seja definitivamente esclarecida com a máxima celeridade, evitando assim a instrumentalização indevida de uma ação essencial para o cabal e definitivo esclarecimento do caso”, sublinhou.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou a realização das buscas nas instalações daquele município alentejano, em diligências no no âmbito de inquérito que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Évora,
Na sua página de Internet, o jornal Correio da Manhã noticia que em causa está o negócio da venda de um terreno do atual presidente da câmara, João Grilo, à própria autarquia.