Governo confia em preparação das escolas para provas digitais

Governo confia em preparação das escolas para provas digitais


Objetivo é identificar eventuais falhas antes das provas finais de 3.º ciclo e das provas Monitorização da Aprendizagem (ModA) em maio e junho


O secretário de Estado da Educação considera que as escolas têm condições e estão preparadas para as provas digitais. Estas vão ser testadas a partir de segunda-feira pelos alunos dos 4.º, 6.º e 9.º anos.

“Com esta preparação das provas-ensaio, com o acompanhamento das escolas, com as garantias tecnológicas que estamos a dar às escolas e, claro, com o apoio que os serviços do Ministério da Educação têm dado (…), acreditamos que todas as condições estão reunidas”, disse Alexandre Homem Cristo.

A partir de segunda-feira, os alunos do 4.º, 6.º e 9.º anos vão realizar provas-ensaio para testar o formato digital. O objetivo é identificar eventuais falhas antes das provas finais de 3.º ciclo e das provas Monitorização da Aprendizagem (ModA) em maio e junho.

O secretário de Estado e Adjunto da Educação explicou os dois propósitos: permitir que os alunos se familiarizem com o formato digital em contexto de avaliação e ajudar as escolas a testar a sua preparação tecnológica, organizativa e logística.

“No ano letivo anterior percebemos que os alunos que iam realizar as provas em suporte digital (…) não estavam preparados”, referiu, sublinhando que este teste permitirá “dar-lhes essa habituação num contexto de avaliação para no final do ano letivo não serem surpreendidos pelo formato”.

De acordo com a agência Lusa, um eventual regresso ao papel nas provas oficiais, como aconteceu no ano passado com as provas finais do 3.º ciclo, não está em cima da mesa. O governante manifestou-se confiante de que as escolas estão preparadas, incluindo no que respeita aos aspetos tecnológicos.

Outra dimensão que o Governo pretende assegurar através das provas-ensaio é um mínimo de equidade nas provas ModA e nas provas finais do 9.º ano. Por isso, as provas que arrancam a partir de segunda-feira são obrigatórias, apesar de não contarem para avaliação.

“Se tivermos alunos que no dia em que chegam à prova ModA nunca fizeram uma avaliação em suporte digital, vamos estar a avaliar mais a sua capacidade de adaptação a uma novidade do que o seu conhecimento”, justificou Alexandre Homem Cristo. O objetivo é que as provas de maio e junho sejam “representativas daquilo que os alunos aprenderam ao longo do ano letivo”.