“Coligação a Dois” ou Estrutura Semi-Bicéfala


É difícil estabelecer hierarquias numa coligação, já que a dimensão maior, talvez a mais importante, que é a moral, nem sempre é valorizada pela outra parte, por vezes detentora da maior percentagem de capital “humano” e “material”.


O Homem, como animal social e sociável que é, dá-se mal com o “isolamento”, até porque está provado que ele (isolamento) provoca o declínio cultural de qualquer Ser Humano. Quer isto dizer que uma civilização (o que significa que a “cultura” já deixou de ser estática) se caracteriza pela cooperação entre sectores e pela cooperação entre pessoas, o que leva a uma interacção social, única via para o crescimento e desenvolvimento de uma “cultura”, entendida aqui no amplo sentido Sociológico.

Daqui que não seja de todo difícil admitir que uma “coligação”, a dois, é uma parceria que, forçosamente, é vantajosa para ambas as partes, porque interessa a ambas. É difícil estabelecer hierarquias numa coligação, já que a dimensão maior, talvez a mais importante, que é a moral, nem sempre é valorizada pela outra parte, por vezes detentora da maior percentagem de capital “humano” e “material”.

Mas, para além das outras prioridades menores, a mais importante é, sem dúvida, o objecto da parceria, ou seja, desenvolver a actividade (negócio), gerando lucros, para a empresa (grupo) e para o País (impostos), criando emprego (postos de trabalho) e protegendo as famílias dependentes da actividade (negócio), que assim vêem o seu futuro assegurado.

Daqui se pode inferir que a responsabilidade da parceria passa a transcender qualquer relação pessoal, para assumir um nível nacional, que ultrapassa qualquer lealdade ou fidelidade pessoal, para passar a ser institucional e para com a Nação. Neste pressuposto, ou melhor, a partir deste pressuposto, como imperativos de consciência, fortalecem-se os laços de lealdade para com a Nação, identificamo-nos, nós cidadãos, com o nacionalismo, tido aqui como “um conjunto de pessoas com um passado comum, com um presente comum e com aspirações comuns para o futuro”. Desta forma, quem assim pensa e actua passa a ser responsável pelo futuro dos outros, estádio mais elevado e gratificante de responsabilidade social, só possível para meia dúzia de pessoas.

Quer isto dizer que numa “coligação a dois”, já institucionalizada, a relação já não é pessoal para passar a ter um cariz diferente, a partir do qual o “poder” já pode ser transferido para outra sede (ou pessoa) de acordo com a vontade da maioria do “capital” que, como é sabido, se determina, prioritariamente, pelo “lucro”, embora em tempo de crise haja um reforço, natural, das componentes moral e ética que, de certa forma, “reconfortam” a “consciência” de alguns que atingiram “lucros” avultados, nem sempre da forma mais “transparente”…

Tudo isto se aplica quer à política, quer a grupos económicos ou empresariais, sem esquecer que numa sociedade desenvolvida todos estão em interacção e inter-dependentes, necessitando todos de líderes que coloquem os superiores interesse do País acima dos pessoais.

Sociólogo

“Coligação a Dois” ou Estrutura Semi-Bicéfala


É difícil estabelecer hierarquias numa coligação, já que a dimensão maior, talvez a mais importante, que é a moral, nem sempre é valorizada pela outra parte, por vezes detentora da maior percentagem de capital “humano” e “material”.


O Homem, como animal social e sociável que é, dá-se mal com o “isolamento”, até porque está provado que ele (isolamento) provoca o declínio cultural de qualquer Ser Humano. Quer isto dizer que uma civilização (o que significa que a “cultura” já deixou de ser estática) se caracteriza pela cooperação entre sectores e pela cooperação entre pessoas, o que leva a uma interacção social, única via para o crescimento e desenvolvimento de uma “cultura”, entendida aqui no amplo sentido Sociológico.

Daqui que não seja de todo difícil admitir que uma “coligação”, a dois, é uma parceria que, forçosamente, é vantajosa para ambas as partes, porque interessa a ambas. É difícil estabelecer hierarquias numa coligação, já que a dimensão maior, talvez a mais importante, que é a moral, nem sempre é valorizada pela outra parte, por vezes detentora da maior percentagem de capital “humano” e “material”.

Mas, para além das outras prioridades menores, a mais importante é, sem dúvida, o objecto da parceria, ou seja, desenvolver a actividade (negócio), gerando lucros, para a empresa (grupo) e para o País (impostos), criando emprego (postos de trabalho) e protegendo as famílias dependentes da actividade (negócio), que assim vêem o seu futuro assegurado.

Daqui se pode inferir que a responsabilidade da parceria passa a transcender qualquer relação pessoal, para assumir um nível nacional, que ultrapassa qualquer lealdade ou fidelidade pessoal, para passar a ser institucional e para com a Nação. Neste pressuposto, ou melhor, a partir deste pressuposto, como imperativos de consciência, fortalecem-se os laços de lealdade para com a Nação, identificamo-nos, nós cidadãos, com o nacionalismo, tido aqui como “um conjunto de pessoas com um passado comum, com um presente comum e com aspirações comuns para o futuro”. Desta forma, quem assim pensa e actua passa a ser responsável pelo futuro dos outros, estádio mais elevado e gratificante de responsabilidade social, só possível para meia dúzia de pessoas.

Quer isto dizer que numa “coligação a dois”, já institucionalizada, a relação já não é pessoal para passar a ter um cariz diferente, a partir do qual o “poder” já pode ser transferido para outra sede (ou pessoa) de acordo com a vontade da maioria do “capital” que, como é sabido, se determina, prioritariamente, pelo “lucro”, embora em tempo de crise haja um reforço, natural, das componentes moral e ética que, de certa forma, “reconfortam” a “consciência” de alguns que atingiram “lucros” avultados, nem sempre da forma mais “transparente”…

Tudo isto se aplica quer à política, quer a grupos económicos ou empresariais, sem esquecer que numa sociedade desenvolvida todos estão em interacção e inter-dependentes, necessitando todos de líderes que coloquem os superiores interesse do País acima dos pessoais.

Sociólogo