Montenegro garante que Portugal terá “portas sempre abertas” para ucranianos que fogem da guerra

Montenegro garante que Portugal terá “portas sempre abertas” para ucranianos que fogem da guerra


Chefe de Governo sublinha que existe uma “certa química de relacionamento entre os portugueses e os ucranianos”.


O primeiro-ministro afirmou, esta quinta-feira, que o país tem sempre as portas abertas para os ucranianos.

Para o primeiro-ministro, o alargamento do regime de proteção temporária, votado hoje no Parlamento, é mais uma prova do compromisso português com a Ucrânia.

As declarações de Luís Montenegro foram feitas após ter recebido representantes da comunidade ucraniana em Portugal, na residência oficial do primeiro-ministro em São Bento.

O país tem as “portas sempre abertas para os ucranianos que virem em Portugal um horizonte de esperança” e queiram ajudar com a “o seu conhecimento e força de trabalho”, garantiu o chefe de Governo, ao lado da embaixadora da Ucrânia em Portugal, Maryna Mykhaylenko.

Montenegro sublinhou a existência de uma “certa química de relacionamento entre os portugueses e os ucranianos” e que é extraordinário o “nível de integração” dos ucranianos em Portugal.

“Não é apenas o reflexo deste último movimento de acolhimento pós invasão do território ucraniano (…) vem já de trás de outros fluxos migratórios que antecederam e estão muito bem presentes na memória de todos nós”, apontou.

“Eu próprio tenho pessoas amigas que vieram da Ucrânia no final dos anos 90, no início deste século, que aqui se estabeleceram, que têm aqui hoje as suas famílias, as suas bases, não perderam a ligação com a Ucrânia, mas são verdadeiramente novos portugueses e é assim que nós os consideramos e é assim que também olhamos para vós”, acrescentou.

Desde o início da guerra, cerca de 54 mil ucranianos, segundo contas do Governo, vieram para Portugal ao abrigo do regime de proteção temporária que será agora prolongado, pelo menos, até março de 2026, em linha com as decisões do Conselho da União Europeia.

“Somos parte desta guerra e estaremos ao lado da Ucrânia para minimizar os efeitos que ela traz e ao mesmo tempo para colaborar no sentido de alcançarmos o mais rápido que for possível a paz”, concluiu o primeiro-ministro.