A associação Quebrar o Silêncio recebeu, ao longo de oito anos, 830 pedidos de ajuda de homens e rapazes vítimas de violência sexual, sendo que 122 pedidos foram registados o ano passado.
“Em 2024, foram registados 112 novos pedidos de apoio de homens e 50 novos pedidos de familiares e amigos”, diz a associação, numa nota enviada esta quinta-feira às redações.
Sobre o ano passado, a Quebrar o Silêncio refere que se observou, nos pedidos de ajuda recebidos, “a diminuição da média de idades para de 37 para 31 anos”, bem como “a diversidade dos crimes relatados nos pedidos de apoio (nomeadamente casos de violação na idade adulta e perseguição, importunação sexual e assédio sexual no local de trabalho)”.
Neste sentido, em 2024, a Quebrar o Silêncio registou 206 pedidos de ajuda, dos quais 112 foram de homens e rapazes vítimas de violência sexual e outros 50 da parte de familiares e pessoas amigas.
Dos casos acompanhados no ano passado, 59,1% eram relativos a abuso sexual de crianças, 10,9% por coação sexual, 10% violação, 7,3% sobre crimes de perseguição, importunação sexual e assédio sexual no local de trabalho, 5,5% por atos sexuais com adolescentes, 4,5% relativos a violência sexual em contexto de violência doméstica, e ainda 2,7% de casos por tentativa de violação, revela ainda a associação.
