Cessar-fogo em Gaza começou

Cessar-fogo em Gaza começou


A libertação de reféns deverá ter lugar pelas 14h00 deste domingo (hora de Lisboa). Outros quatro reféns israelitas serão libertados nos próximos sete dias


O cessar-fogo em Gaza devia ter arrancado este domingo, às 08h30 locais (06h30 em Lisboa). Mas foi adiado porque o Hamas se atrasou a entregar a lista de nomes dos reféns a serem libertados. Israel anunciou o início do cessar-fogo às 11h15 locais, após receber a lista com os nomes. 

O Hamas justificou o atraso a “razões técnicas no terreno”, sem fornecer mais detalhes. 

O porta-voz do do grupo divulgou então publicamente os nomes dos três reféns que serão libertados esta tarde: Romi Gonen, 24 anos, Emily Damari, 28 anos, e Doron Steinbrecher, 31 anos.

Damari e Steinbrecher foram raptados das suas casas no Kibutz Kfar Aza durante o massacre de 7 de outubro, enquanto Gonen foi raptada do festival de música Nova, outro dos epicentros do ataque das milícias terroristas  a Israel que desencadeou a guerra de Gaza.

A libertação de reféns deverá ter lugar pelas 14h00 deste domingo (hora de Lisboa). Outros quatro reféns israelitas serão libertados nos próximos sete dias.

O Hamas concordou em libertar três mulheres reféns no primeiro dia do acordo, quatro no sétimo dia e as restantes 26 nas cinco semanas seguintes. Todos os prisioneiros que constam da lista da primeira fase são jovens ou mulheres. 

Os restantes, incluindo soldados do sexo masculino, serão libertados numa segunda fase que será negociada durante a primeira. O Hamas já afirmou que não libertará os restantes prisioneiros sem um cessar-fogo duradouro e uma retirada total de Israel.

Em troca, Israel conta libertar 737 prisioneiros e detidos.

Anunciado na quarta-feira pelos mediadores, o acordo visa, segundo o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, conduzir a prazo a “um fim definitivo da guerra”.

A primeira fase do cessar-fogo, repartida por seis semanas, prevê a cessação das hostilidades e a libertação de reféns detidos em Gaza em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

O conflito em curso foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, a 7 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.