O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que reivindica a vitória nas eleições presidenciais de julho, disse esta quinta-feira, a partir da República Dominicana, que “muito em breve” verá os venezuelanos em Caracas, “em liberdade”.
“Vemo-nos todos muito em breve em Caracas, em liberdade”, declarou González Urrutia, na véspera da tomada de posse do Presidente cessante, Nicolás Maduro, para um terceiro mandato. Neste dia, a oposição manifesta-se em toda a Venezuela.
González Urrutia, antigo embaixador de 75 anos, foi esta quinta-feira recebido pelo presidente dominicano, Luis Abinader, no palácio presidencial. Aqui, chegou acompanhado de vários ex-chefes de Estado do grupo IDEA (Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas), entre os quais o colombiano Andrés Pastrana e os mexicanos Vicente Fox e Felipe Calderón.
“O regime de Maduro recusa-se a aceitar a derrota que sofreu” nas urnas e “optou, ao invés, por desencadear a pior escalada de repressão da história do nosso país (…) Nós, os venezuelanos, estamos determinados a persistir nesta luta até ao fim”, acrescentou González Urrutia.
O presidente do país, Nicolás Maduro, foi proclamado vencedor das presidenciais de 28 de julho, com 52% dos votos, pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), considerado sob controlo do poder. O CNE não divulgou as atas eleitorais das assembleias de voto, afirmando ter sido vítima de um ataque informático, um argumento considerado pouco credível por muitos observadores. A oposição, que divulgou as atas eleitorais fornecidas pelos seus escrutinadores, garante que o seu candidato, Edmundo González Urrutia, obteve mais de 67% dos votos.