Os deputados aprovaram esta quarta-feira, por unanimidade, um requerimento do Chega para o governador do Banco de Portugal ser ouvido na Assembleia da República sobre a política de recursos humanos do BdP. Mário Centeno irá explicar, entre outras, as remunerações dos consultores.
No requerimento, o Chega aponta, sem referir nomes, o caso recentemente vindo a público de um dos quadros do Banco de Portugal (BdP) “a exercer funções de consultor do Conselho de Administração, e a auferir uma remuneração de cerca de 15 mil euros”.
O partido nota a falta de informação sobre as tarefas específicas destes consultores, nem quantas pessoas estão a exercer este tipo de funções no presente momento, nem informação sobre quais os critérios de recrutamento específicos para este tipo de funções.
O pedido de audição de Mário Centeno na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública é ainda justificado pelo facto de a lei orgânica do Banco de Portugal (BdP) também não ser explícita sobre o tema.
Além de Mário Centeno, será também ouvida a administradora da BdP Helena Martins Adegas, a quem está atribuído o Departamento de Pessoas e Estratégia Organizacional (DPE). A sugestão para que a administradora fosse também ouvida partiu de Hugo Carneiro, do PSD, tendo sido aceite.
Na apresentação do requerimento, o deputado Rui Afonso, do Chega salientou a necessidade de o país ser informado sobre os custos em que incorre uma instituição como o BdP.