Ricardo Gonçalves. Autarca deixa Santarém para liderar o IPDJ

Ricardo Gonçalves. Autarca deixa Santarém para liderar o IPDJ


Abandonou o cargo mais cedo para liderar o Instituto Português do Desporto e Juventude.


O adeus a Santarém chegou mais cedo para Ricardo Gonçalves. O presidente da Câmara de Santarém já tinha assumido que não ia chegar ao fim do seu terceiro e último mandato. Em agosto de 2024 acabou mesmo por anunciar a suspensão do mandato para assumir a presidência do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), a convite do Governo, cedendo o lugar a João Teixeira Leite — nome que tem sido apontado como um possível candidato do PSD para o município.

Esta decisão gerou críticas do vereador do Chega, Pedro Frazão, que a considerou uma “traição ao Município de Santarém” e que acusou o presidente de utilizar a autarquia como “trampolim para cargos nacionais”.

12 anos à frente do concelho

Eleito vereador da Câmara de Santarém, pelo PSD, em 2005, Ricardo Gonçalves assumiu a presidência em 2012, em substituição de Francisco Moita Flores. Ganhou depois as eleições autárquicas em 2013, 2017 e 2021.

Um dos maiores legados do autarca de 46 anos foi a reestruturação financeira da autarquia. Entre 2014 e 2022, a dívida do município foi reduzida em mais de 65%, o equivalente a 68,9 milhões de euros.

Quatro substituições do PSD na câmara

Com Ricardo Gonçalves, são já quatro os eleitos do PSD substituídos na Câmara Municipal neste mandato.

Inês Barroso, ex-vice-presidente da Câmara pelo PSD, renunciou ao mandato como vereadorapara assumir funções de deputada na Assembleia da República.

O vereador Diogo Gomes, responsável pelo pelouro da Juventude, suspendeu o seu mandato após a polémica da construção do Skate Park perto da Casa do Campino. O investimento foi adjudicado por ajuste direto, através de consulta prévia, por um valor de 74.998 euros, apenas dois euros abaixo do limite que obrigaria à abertura de um concurso público. Além disso, outras duas empresas consultadas não tinham atividade na área em questão, o que levantou suspeitas sobre a legitimidade do processo.