Os protestos em Moçambique continuam, pela sétima semana consecutiva, e podem agora agudizar-se mais. Venâncio Mondlane revelou ao Nascer do Sol que sofreu nova tentativa de assassinato, o que o obrigou mudar o local onde estava escondido.
Mondlane adiantou em entrevista ao Nascer do Sol que, depois da fuga do país a em outubro, nunca fica muito tempo no mesmo local.
A denúncia do novo atentado foi também feita na sua conta de Facebook, plataforma que o ex-candidato presidencial tem usado para interagir com os seus apoiantes.
“Mais uma tentativa falhada de me assassinarem. Caso eu seja abatido….o povo todo deve avançar com máxima força para a fase TURBO V8”, lê-se numa publicação de sábado de madrugada.
Pouco depois de circular a informação da tentativa para eliminar Mondlane, os seus apoiantes bloquearam o acesso à fronteira de Ressano Garcia, no distrito da Moamba, na província de Maputo, a principal do país, em protesto contra o atentado.
Segundo os manifestantes o bloqueio só será levantado após declaração de Venâncio Mondlane a explicar os contornos da tentativa de homicídio e do seu estado de saúde.
Sublinhe-se que a denúncia de Mondlane ocorre pouco depois de este ter pedido um encontro “virtual” com o Presidente da República de Moçambique.
“Se esse encontro não acontecer, Nyusi será responsável pela falta de paz e tranquilidade em Moçambique”, afirmou no Facebook.
Recorde-se que a Comissão Nacional de Eleições atribuiu a vitória nas eleições gerais de 9 de outubro a Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, com 70,6% dos votos, e Venâncio Mondlane, candidato independente que teve o apoio do Podemos, ficou em segundo lugar com 20,3%, resultado que este contesta.
