O crescimento da direita conservadora, populista ou extrema, tem dois culpados muito visíveis: a imigração descontrolada e a cultura wokista. Não é por acaso que, de repente, boa parte da população europeia deixou de se rever na ditadura do politicamente correto, além de perceber que os seus países não podem albergar todos os pobres do mundo, sob perigo de também eles passarem
a ser pobres.
Mas estou convencido que os exageros da cultura wokista, obrigando, por exemplo, professores a terem de tratar alunos como se fossem animais, por eles se sentirem assim, ou de os bebés quando nascem não terem sexo, acabou por fazer transbordar o copo da paciência. Problemas psiquiátricos tratam-se em psiquiatria, não é na Assembleia da República. Também o facto de se querer reescrever a história aos olhos de hoje, é óbvio que não podia acabar bem. Tudo isto misturado com um ódio ao capitalismo, apesar de ser para esses países que os imigrantes querem ir viver, ajudou ao reaparecimento dos nacionalismos ou dos conservadores.
As preocupações das pessoas comuns ficou para segundo plano e a agenda wokista passou a estar na linha da frente da agenda da extrema-esquerda, que conseguiu maniatar os partidos ao centro, que temeram ser considerados ‘fascistas’ já que para os wokistas quem não concorda com eles é logo adepto de Mussolini, para não dizer nazi, descendente de Hitler. E é aqui que entram os Trumps e os Orbáns da vida, que conseguem falar para o comum dos mortais e lhes dão esperança – se depois a concretizam ou não já é outra história. Nos EUA, Trump conseguiu o voto dos imigrantes que não querem a concorrência da imigração ilegal, além de boa parte da população para quem a linguagem woke também não responde aos seus problemas, que querem mais comida à mesa e melhores vidas… Enquanto os partidos do centro não perceberem que não devem ceder à ditadura do cancelamento da cultura woke – ainda não percebi para onde é que gostariam que fossem enviados aqueles que a negam, mas calculo que para algum gulag à europeia – vão ver a direita mais conservadora a subir nas eleições e a chegar ao poder.