Congresso do PSD. Marques Mendes marca presença por razões “afetivas e politicas”


Para o ex-dirigente social-democrata, Luís Montenegro é a “surpresa política do ano”.


O antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes disse, este sábado, que foi ao congresso não só por razões políticas e não poupou elogios a Luís Montenegro.

“Venho aqui por duas razões muito simples. Uma afetiva e outra política. Uma razão afetiva porque é a minha família política e eu já estive em congressos anteriores com Luís Montenegro, com Rui Rio e, portanto, sempre que pude, vim aos congressos (…) e uma razão de natureza política. Eu venho aqui especialmente para dar um abraço a todo o partido, mas sobretudo a Luís Montenegro”, disse Marques Mendes, à chegada ao 42.º Congresso do PSD, que está a decorrer em Braga.

Questionado, sobre um anúncio a uma eventual candidatura a Belém, Marques Mendes fugiu sempre a uma resposta, remetendo para ano a decisão.

“Queria dizer-vos o seguinte: eu registei o gesto de simpatia do presidente do PSD e primeiro-ministro ao falar de mim, há dias”, começou por dizer. “Mas quero sublinhar que a candidatura presidencial é uma decisão individual, às vezes quase solitária, e sobre essa matéria eu falarei, sem dúvida, quando tomar uma decisão em 2025”, acrescentou.

Sobre o presidente dos sociais-democratas e primeiro-ministro, Marques Mendes destacou a forma como tem liderado o Executivo.

“Luis Montenegro tem vindo a ser a surpresa política deste ano, não apenas porque ganhou as eleições. Tem sido uma surpresa à direita e a esquerda pela forma como tem governado com a maturidade, responsabilidade e enorme sentido de estado e eu venho aqui dar-lhe um abraço”, afirmou.

Para o comentador, esta “foi uma semana histórica” por se ter evitado uma crise política, com o anúncio da intenção do PS viabilizar o Orçamento do Estado, através da abstenção.

“Evitou-se uma crise política para Portugal e estão de parabéns os dois líderes políticos que fundamentalmente tiveram responsabilidade nesta matéria. Luís Montenegro, que teve uma grande vitória, e Pedro Nuno Santos que mostrou grande sentido de responsabilidade. E porque é que este momento é histórico? Se tivéssemos uma crise política eu acho que toda a gente ia sair mal nesta fotografia, os políticos, os partidos, o sistema democrático e a instituições”, disse.

Por último, disse que não vai discursar no congresso, pois “ intervir é para quem está na vida política ativa”.

O 42.º Congresso Nacional do PSD decorre este sábado e domingo, em Braga.