“A Paródia” regressa a Campo de Ourique


Espero e desejo por isso que seja um regresso bem sucedido porque muita falta faz a Campo de Ourique e porque desde a sua abertura em 1974 é uma referência e um ponto de encontro, reforçados pela simpatia de sempre da Filipa que tudo faz para nos sentirmos em casa.


Não, não me refiro à recente onda de assaltos que assola um dos bairros mais em voga da capital. Nem à falta de iluminação que contrasta com o aumento do número de baratas que calcorreiam a nossa calçada e sobem através das canalizações até às casas, transformando Campo de Ourique numa espécie de Gotham City “o regresso”, depois dos tempos do Casal Ventoso. Aqui a notícia que trago é boa. Concordo que a dita “noite” ou entretenimento noturno, esteja a paulatinamente a passar para a zona ribeirinha da cidade, deixando os bairros históricos e desta forma protegendo os moradores e dando-lhes um certo descanso. Todos nós sabemos que é difícil viver paredes meias com um espaço de diversão, pelo barulho, os horários e a algazarra que se propicia no exterior dos estabelecimentos à chegada mas sobretudo na saída depois de já bebidos uns copos.

A questão é que devemos tentar arranjar um equilíbrio para que a diversidade possibilite o máximo de oferta a “walking distance”. Ou seja, quanto maior quantidade de coisas tivermos a uma distância facilmente percorrida a pé, mais valorizada sai a zona. Entendo por isso que mesmo que o grosso dos espaços transite para uma determinada área da cidade onde se possa fazer barulho à vontade sem incomodar os que privilegiam o descanso, também não devemos extinguir por si só tudo o que represente alguma animação de bairro para não os tornar em simples dormitórios. Vem este tema ao caso porque eu que vivo em Campo de Ourique há já uns anos, sinto que é muito importante termos um ou dois sítios que, mais uma vez refiro, no respeito dos que por cá vivem, possa permitir beber um copo depois de jantar com dois dedos de conversa à mistura.

É por isso com grande satisfação que vejo o regresso do “A Paródia” após alguns anos de interregno. Para quem não conhece, o bar à porta fechada (tem que se tocar a uma campainha para que alguém abra a porta) situa-se na Rua do Patrocínio e antigamente estava aberto até às 02h. O ambiente intimista e os cocktails eram a marca de água da casa, sobretudo a famosa Margarita de Gengibre, o que esperemos que se mantenha, mesmo de cara lavada. Tenho saudades das longas conversas com amigos que ali se estabeleciam, acompanhadas por pipocas, com boa música ambiente e bem perto de casa.

Espero e desejo por isso que seja um regresso bem sucedido porque muita falta faz a Campo de Ourique e porque desde a sua abertura em 1974 é uma referência e um ponto de encontro, reforçados pela simpatia de sempre da Filipa que tudo faz para nos sentirmos em casa. Espaço decorado pelo mesmo autor de outros memoráveis como o Procópio, o Fox Trot ou o Pavilhão Chinês. Reabre em breve (ainda não foi anunciada a data) o bar “com alma do tamanho do Mundo” e que pertence ao restrito grupo das Lojas com História de Lisboa.

“A Paródia” regressa a Campo de Ourique


Espero e desejo por isso que seja um regresso bem sucedido porque muita falta faz a Campo de Ourique e porque desde a sua abertura em 1974 é uma referência e um ponto de encontro, reforçados pela simpatia de sempre da Filipa que tudo faz para nos sentirmos em casa.


Não, não me refiro à recente onda de assaltos que assola um dos bairros mais em voga da capital. Nem à falta de iluminação que contrasta com o aumento do número de baratas que calcorreiam a nossa calçada e sobem através das canalizações até às casas, transformando Campo de Ourique numa espécie de Gotham City “o regresso”, depois dos tempos do Casal Ventoso. Aqui a notícia que trago é boa. Concordo que a dita “noite” ou entretenimento noturno, esteja a paulatinamente a passar para a zona ribeirinha da cidade, deixando os bairros históricos e desta forma protegendo os moradores e dando-lhes um certo descanso. Todos nós sabemos que é difícil viver paredes meias com um espaço de diversão, pelo barulho, os horários e a algazarra que se propicia no exterior dos estabelecimentos à chegada mas sobretudo na saída depois de já bebidos uns copos.

A questão é que devemos tentar arranjar um equilíbrio para que a diversidade possibilite o máximo de oferta a “walking distance”. Ou seja, quanto maior quantidade de coisas tivermos a uma distância facilmente percorrida a pé, mais valorizada sai a zona. Entendo por isso que mesmo que o grosso dos espaços transite para uma determinada área da cidade onde se possa fazer barulho à vontade sem incomodar os que privilegiam o descanso, também não devemos extinguir por si só tudo o que represente alguma animação de bairro para não os tornar em simples dormitórios. Vem este tema ao caso porque eu que vivo em Campo de Ourique há já uns anos, sinto que é muito importante termos um ou dois sítios que, mais uma vez refiro, no respeito dos que por cá vivem, possa permitir beber um copo depois de jantar com dois dedos de conversa à mistura.

É por isso com grande satisfação que vejo o regresso do “A Paródia” após alguns anos de interregno. Para quem não conhece, o bar à porta fechada (tem que se tocar a uma campainha para que alguém abra a porta) situa-se na Rua do Patrocínio e antigamente estava aberto até às 02h. O ambiente intimista e os cocktails eram a marca de água da casa, sobretudo a famosa Margarita de Gengibre, o que esperemos que se mantenha, mesmo de cara lavada. Tenho saudades das longas conversas com amigos que ali se estabeleciam, acompanhadas por pipocas, com boa música ambiente e bem perto de casa.

Espero e desejo por isso que seja um regresso bem sucedido porque muita falta faz a Campo de Ourique e porque desde a sua abertura em 1974 é uma referência e um ponto de encontro, reforçados pela simpatia de sempre da Filipa que tudo faz para nos sentirmos em casa. Espaço decorado pelo mesmo autor de outros memoráveis como o Procópio, o Fox Trot ou o Pavilhão Chinês. Reabre em breve (ainda não foi anunciada a data) o bar “com alma do tamanho do Mundo” e que pertence ao restrito grupo das Lojas com História de Lisboa.