Quais são as recordações mais fortes que tem das férias com os seus pais? Guardo várias boas memórias com o meu pai, como o processo de aprendizagem a andar de bicicleta na rua em frente à casa em que passávamos férias, o período em que me ensinou a fazer wakeboarde, ainda, os mergulhos ‘golfinho’ agarrada às suas costas, bem como ser levantada por cima da rebentação das ondas, por vezes muito grandes, da Praia do Meco.
Voltou ou volta com frequência ao seu lugar de férias de criança?
Todos os verões passo pelo menos uns dias em Dornes, uma aldeia no Município de Ferreira no Zêzere, na Barragem de Castelo de Bode, e em Sesimbra.
Mantém amizades com os ‘vizinhos’ de praia?
Mantenho sim. Tenho amigos que têm toldos na praia de Sesimbra, onde o meu avô tem toldo, e para onde vou todos os anos, cruzamo-nos sempre.
Qual foi o primeiro livro que se recorda de ter lido e qual o marcou mais?
Os livros que a minha mãe, todas as noites, lia comigo, ainda na escola primária, para treinar a aprendizagem da leitura, sobre filosofia para crianças, do José Jorge Letria. Mas também todos os livros da Enid Blyton: As Gémeas no Colégio de Santa Clara, O Colégio das Quatro Torres, Os Cinco, e Uma Aventura. Nos últimos anos, marcou-me muito o livro Admirável Mundo Novo do Aldous Huxley, e o Raparigas de Papel da Louise O’Neill.
Que música associa ao verão?
Bubbly da Colbie Caillat e a Latch dos Disclosure. Ambas na pen (não atualizada há alguns anos) de músicas de verão do meu pai, que tocam sempre.
Qual é para si o ideal de férias?
Com amigos e família, na praia, e livros.
Que hobbies não dispensa em férias? E restaurante?
Não dispenso fazer Wakeboard no Rio Zêzere e ler na praia enquanto ouço música. Também não dispenso o restaurante ‘O Modesto’ em Sesimbra.
Qual foi a pior experiência de férias que teve?
Em jeito de viagem de finalistas, eu e um grupo de amigos fomos de férias para a Indonésia. Para viajar de volta das Gilli Islands para Bali precisávamos de apanhar um barco que normalmente transporta vários passageiros. Sucede, porém, que no dia em que voltávamos, há uma tempestade nas ilhas, colocam-nos num barco muito frágil, que julguei que a qualquer momento podia virar, em que a qualquer momento as nossas malas podiam cair borda fora, em que a água entrava no barco e onde a empresa que tratava da viagem encaixou um número de passageiros bem maior do que a capacidade do barco. Quando chegamos, percebemos que também não nos deixou em Bali, mas sim numa outra ilha, da qual tivemos de apanhar um barco enorme de carga, uma viagem em teoria de 45 min. que se transformou em 5 horas durante a noite. Apesar de um pouco assustador, o que mais me marcou foi perceber que neste barco viajavam famílias indonésias muito pobres, que dormiam no chão com cobertores, por não poderem pagar os ‘melhores lugares’, percebendo que aquela viagem que para nós era um sacrifício de um dia – em contexto de férias – para estas pessoas era uma realidade diária.
Praia ou campo? Portugal ou estrangeiro?
Praia. Ambos, não dispenso as boas praias portuguesas e os lugares felizes de sempre, mas o verão é uma excelente oportunidade para ir conhecer sítios e culturas novas.
O que a chateia mais na praia?
Quando está muito vento e estou o dia a comer areia. Também me faz alguma confusão pessoas que falam muito alto e nos obrigam ao constrangimento de nem conseguir dormir, nem deixar de ouvir partilhas pessoais das suas vidas, ou discussões conjugais que dispensávamos.
Quais são as suas praias preferidas?
A de eleição há muitos anos: Praia do Meco. Para ir ao fim de semana, pertinho de casa, a Praia do Guincho e de São Pedro do Estoril.
Quem mandava dar um mergulho para refrescar ideias?
Pedro Nuno Santos, ainda não percebeu que é líder do PS e não de uma coligação de esquerda.
Cerveja, vinho, sangrias ou água?
Não gosto de cerveja, muita água durante o dia (bastante fresca!), uma sangria de frutos vermelhos numa esplanada enquanto o sol se põe, e um bom vinho branco ao jantar.
Faz ginásio/pratica desporto durante as férias?
Não sou fã de ginásio, mas a minha mãe sempre me chamou de ‘peixinho’ porque não saio da água. Também pratico wakeboard e ski aquático.
Durante as férias passa mais tempo a atualizar as redes sociais ou aproveita para se desligar desse mundo? Desliga-se da atualidade nacional e internacional?
Tenho 24 anos, as redes sociais são parte da minha vida e da minha geração praticamente desde sempre, por isso nunca estou verdadeiramente desligada. Vou atualizando e acompanhando também as férias de amigos habituei-me a nunca desligar do mundo. Aproveito para abrandar e descansar, mas sem perder o que se passa à minha volta.
Chega-lhe uma semana de férias, 15 dias ou não prescinde de um mês seguido?
Diria que 3 semanas seguidas são importantes para conseguir verdadeiramente descansar. Geralmente a caminhar para 1 mês inteiro já começo a ficar com bicho carpinteiro para voltar à vida irrequieta.
Qual o seu maior vício em férias?
Comer um gelado todos os dias.
Que talento pagaria para ter?
Gostava de ter em mim a poesia de Pessoa e a capacidade de realização de D. João II.
Qual o político que mais admira ou admirou?
Margareth Thatcher, Francisco Sá Carneiro e Barack Obama.
Com quem não se quer cruzar de todo?
Com pessoas preconceituosas que não respeitam o próximo se for diferente deles, que não são capazes de um debate de ideias cordial e respeitador.