Estive a ler e deitei sentido às declarações de Duarte Caldeira, presidente do Centro de Estudos e Intervenção em Protecção Civil, assim como, de Miguel Sequeira botânico e professor da Universidade da Madeira.
Cometeram-se muitos erros, para resolver este incêndio.
Um dos erros, foi a falta de noção que Miguel Albuquerque teve deste incêndio. Compreende-se na Ilha de Porto Santo não chegava lá o fumo do incêndio e não se apercebeu da sua dimensão!
Outro erro, foi a falta antecipação, não se pode ficar à espera para ver se o incêndio vai alastrar. Daí, deu no que deu, é brutal para a Madeira. Deveria ter havido uma reacção em cadeia e de avanço no terreno com todos os meus à disposição, mais, os pedidos em tempo real.
Não houve uma avaliação correcta do incêndio, foi insuficiente e até menorizada pelo que se estava a passar.
O incêndio deflagrou na quarta-feira, passados 24 horas qualquer pessoa, não tinha que ser especialista em coisa nenhuma, percebia-se que, se estava na presença de um incêndio de enormes proporções.
A desvalorização do incêndio e pensar-se que seria resolvido deu nisto. Há antecedentes de incêndios na Madeira, devidamente identificados e registados, que exigiam um acompanhamento constante.
Não houve danos de vítimas e danos de casas, mas convém realçar que houve danos ambientais que vão demorar muitos anos a repor.
Que este incêndio sirva de exemplo para não voltar a acontecer, algo, de novo, semelhante na Madeira.
Houve falhas técnicas, mas as falhas políticas foram evidentes. E, é lamentável!
A tentativa de atacar o incêndio de forma musculada e incisiva, verificou-se tarde e a más horas. Só deve causar vergonha e foi algo muito mal feito.
Na Madeira nunca houve humildade de se perceber que se estava a passar. Errar é humano, mas não aceitar que se erra é burrice.
Fundador do Clube dos Pensadores