Quando se fala do “CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO”, somos tentados a questionar o nome, pois talvez fosse melhor “CONSELHO DA EDUCAÇÃO NACIONAL”, porque quando dizem que é “CONSELHO NACIONAL” significa que é português, que é da Nação, ou ainda que é do âmbito de todo o País, mas se fosse “CONSELHO DA EDUCAÇÃO NACIONAL”, significaria que é o único que aconselha sobre todos os assuntos da educação do País, o que pressupõe que “ela” deve ter unidade de pensamento e de acção e deverá, obviamente, ser multifacetada e diversificada e ainda ter um sentido dinâmico, ou seja, estar entrosada com a realidade, que é o País, o que implica, protocolos com o mundo do trabalho que é afinal o objecto da educação; educar para a vida prática, para o emprego e para a produção.
Mas se a educação é de facto, e deve ser, multifacetada, multidisciplinar então o dito “Conselho” também terá que o ser, ou seja, tem que se organizar por secções, ou especialidades, e ter especialistas em diversas áreas e ainda coordenadores, multidisciplinares, que possam fazer a articulação entre vários sectores do saber e da aprendizagem, mas com capacidade e vitalidade suficientes para excederem o seu papel de “aconselhamento”, para atingirem o patamar de sugestões e da sua permanente conversão e actualização, ajudando o Ministério da Educação Nacional a ser, por sua vez, mais dinâmico e pro-activo nas questões da Educação, que pouco têm a ver com os assuntos da gestão do “orçamento” que, parece, consumirem quase todo o tempo do Ministério, a par das questões políticas.
E esse poderá, e deverá, ser o novo papel do “Conselho da Educação Nacional”, já que terá todo o tempo para reflexão científica, técnica e pedagógica, os vectores essenciais para o aconselhamento, ao contrário do “Ministério” que tem pouco tempo para reflectir.
E o problema é que, por vezes, é difícil, e perigoso, agir, ou actuar (decidir), sem muito tempo para reflectir. Por isso, esse órgão (o “Conselho”), devia ser um “instrumento”, muito utilizado pelo Ministro da Educação, como UM FACTOR DE PESO, nas suas decisões finais.
É que o maior problema do desenvolvimento, não é só o crescimento, é sobretudo uma questão de Educação, ou melhor, de “inteligência”.
Convém aqui lembrar que um retardado mental, até poderá dois metros de altura, mas nunca se desenvolverá, porque o desenvolvimento é em todas as direcções, vectores e funções, ou seja, é multifacetado, ao contrário do crescimento que é unidireccional, e necessita, absolutamente, de “inteligência”.
Gostariamos, por isso, de ver o novo “CONSELHO DE EDUCAÇÃO NACIONAL”, mais “inteligente”, mais rico e diversificado e podendo pronunciar-se sobre questões de “CINESIOLOGIA EDUCATIVA”
13 de Abril, de 2013