Por João Sena
A cimeira da NATO, que decorre em Vílnius (Lituânia), começou em clima de “guerra” surda entre os defensores da entrada da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte e quem aproveite esse tema para fazer chantagem política.
“Primeiro, abram o caminho para a adesão da Turquia à União Europeia e, depois, abriremos o caminho para a Suécia, tal como abrimos o caminho para a Finlândia”, declarou Erdogan na véspera da abertura da reunião da NATO. Numa posição de força, o Presidente da Turquia foi claro: “Estou a fazer este apelo aos países que deixaram a Turquia à espera, às portas da União Europeia, durante mais de 50 anos”.
Apesar desta ameaça, o ministro dos Negócios Estrangeiros sueco manifestou otimismo quanto à possibilidade de o Governo turco abandonar as objeções à adesão da Suécia. A Turquia tinha bloqueado a entrada na NATO por considerar que o país precisava de “fazer mais” para reprimir os militantes curdos e outros grupos que Ancara considera uma ameaça à sua segurança interna.
A posição de força de Erdogan já provocou uma reação do chanceler alemão, Olaf Scholz, que rejeitou qualquer ligação entre a adesão da Suécia à NATO e as negociações de adesão da Turquia à União Europeia.