O líder do PSD acusa o primeiro-ministro de "cobardia política" e de "perder autoridade" ao manter o silêncio sobre a polémica da existência ou não existência de um parecer, que fundamentasse a justa causa na demissão da CEO e do chairman da TAP.
Para Luís Montenegro, o primeiro-ministro já devia ter vindo a público para esclarecer os portugueses sobre as contradições entre os ministros do seu Executivo, nomeadamente Ana Catarina Mendes e Mariana Vieira da Silva, cujas declarações faziam referência ao parecer, e Fernando Medina, que negou ontem a existência de tal documento.
"Ou está envergonhado com o que se está a passar – e se é esse o caso é melhor assumir do que protelar essa situação por muito mais tempo – ou então está comprometido e tem de assumir as suas responsabilidades, não pode fazer de conta que não está a acontecer nada ao seu lado no seu Governo", defendeu o líder social-democrata.
"Se o primeiro-ministro acha que ainda não há matéria para se pronunciar, isso só pode significar cobardia política, medo e falta de liderança, e isso é muito mau para ele, para o Governo e para o país", considerou.
Para Montenegro, "cada minuto de silêncio significa perda de autoridade, perda de credibilidade e perda de liderança na chefia do Governo".
Apesar das duras críticas, o líder do PSD não se quis comprometer com uma eventual apresebtação de moção de censura. "O governo é censurado pelo PSD desde primeiro dia, agora começa a ser de facto uma conclusão a extrair da incapacidade do primeiro-ministro em pôr ordem na casa, ainda por cima com este silêncio", respondeu quando foi confrontado com essa possibilidade.
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