O líder da Iniciativa Liberal (IL) defendeu que deve haver um "julgamento político" sobre a gestão da TAP, acusando o primeiro-ministro, António Costa, de ser o “grande responsável político” pela situação que se vive em torno da companhia aérea.
"É certo que Pedro Nuno Santos e João Leão já não estão no Governo, mas há uma pessoa que continua: António Costa. E António Costa é o grande responsável político por toda esta situação", afirmou Rui Rocha, em reação à conferência de imprensa conjunta dos ministros das Finanças e das Infraestruturas.
Para Rui Rocha, existe uma "tentativa" de "ilibar o poder político" da situação, considerando que "tem de haver um julgamento político sobre a gestão da TAP no seu conjunto. Não podemos ver o poder politico, o Governo, a ficar de fora de uma avaliação sobre a condução de todas estas situações", reforçou.
O presidente da IL referiu ainda que o relatório da IGF confirma que houve uma "gestão inadequada" na saída de Alexandra Reis da TAP. "Temos uma consequência grave. A demissão em direto na televisão de uma equipa de gestão da TAP. Isso contraria aquilo que o primeiro-ministro foi dizendo ao longo do tempo de que se tratavam de casos e casinhos. Isto não é um casinho. É um caso grave", frisou.
O liberal sublinhou ainda que as decisões políticas sobre a TAP demonstraram uma "falta de respeito pelo dinheiro dos contribuintes". “Tudo isto não devia ter acontecido. A TAP deveria ter permanecido uma empresa privada porque quem paga no final todos estes atos de gestão e todas essas decisões politicamente erradas são os portugueses. É preciso chamar a António Costa à responsabilidade”, reiterou.