A Greenpeace saudou este domingo a criação do fundo de financiamento de perdas e danos acordado na COP27, que está a decorrer no Egito.
A associação ambientalista salienta que esta medida é "uma pedra basilar" para apoiar países que "já estão a ser devastados" pela crise climática.
De acordo com a agência de notícias espanhola Efe, para Yeb Saño, diretor daquela associação ambientalista no sudoeste asiático, o acordo lança "a pedra basilar" de uma medida que "há muito que tardava para fornecer apoio vital aos países e comunidades vulneráveis que já estão a ser devastados pela crise climática acelerada".
No último dia da COP27 foi aprovado um acordo que prevê a crianção de um fundo para financiar danos climáticos sofridos por países "particularmente vulneráveis", numa decisão descrita como histórica.
Yeb Saño tafirmou que as negociações "foram prejudicadas pelas tentativas de trocar o progresso na adaptação e mitigação pelo progresso no fundo de perdas e danos", mas "os esforços tanto dos países vulneráveis como dos ativistas conseguiram ultrapassar as barreiras e dar um passo em frente na ação climática".
O acordo realça a "necessidade imediata de recursos financeiros novos, adicionais, previsíveis e adequados para ajudar os países em desenvolvimento que são particularmente vulneráveis" aos impactos "económicos e não económicos" das alterações climáticas.
Recorde-se que a 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas começou a 6 de novembro e termina hoje em Sharm-el-Sheik, no Egito, onde juntou mais de 35 mil participantes, nomeadamente vários líderes de países, com cerca de duas mil intervenções sobre mais de 300 tópicos.