A greve dos enfermeiros convada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses para os dias 17, 18, 22 e 23 de novembro registou esta quinta-feira uma adesão de quase 70%.
Os dados foram avançados à agência Lusa pela direigente sindical do SEP Guadalupe Simões, que avançou que os dados recolhidos até às 13h00 de hoje, indicam que a adesão varia entre os 51% no IPO do Porto e os 90% nos hospitais de Leiria e Peniche.
Além disso, Hospital de Faro está com 68,6% de adesão à greve, a Maternidade Daniel Matos, em Coimbra, com 60%, o Hospital Rovisco Pais, na Tocha, com 62% e o Hospital de Santarém com 85%, sendo que, nos hospitais do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC), a adesão à greve situa-se nos 81% no D. Estefânia, nos 63% no São José em 63%, nos 71% no hospital Santa Marta, nos 73% nos Capuchos e em 67% na Maternidade Alfredo da Costa.
Já no hospital de Vila Franca de Xira, a adesão está nos 68%, no Egas Moniz em 71% e no Hospital de Aveiro nos 78%.
Para a dirigente sindical, os números indicam que, "de uma forma generalizada, os enfermeiros estão a mostrar o seu descontentamento" pelas "várias situações de injustiça" que não foram resolvidas pelo Governo no âmbito do processo negocial e pela decisão tomada pelo Executivo de assumir o pagamento de retroativos apenas a 2022, em vez de 2018 "como era suposto que acontecesse".
O sindicato exige a abertura do processo negocial de alteração à carreira de enfermagem, tendo entregue na quarta-feira um pedido de reunião com o objetivo de repor a paridade da carreira de enfermeiros com a carreira de técnico superior da administração pública, que foi alterada no início de 2022 e sofrerá uma nova alteração a partir de 2023.
"Esperemos que o Ministério da Saúde agende rapidamente a reunião para esse efeito", afirmou Guadalupe Simões.