Mortalidade Materna. Bloco de Esquerda quer ouvir com “caráter de urgência” Graça Freitas

Mortalidade Materna. Bloco de Esquerda quer ouvir com “caráter de urgência” Graça Freitas


Taxa de mortalidade materna em 2020 foi a mais alta dos últimos 38 anos.


O Bloco de Esquerda requereu, esta terça-feira, uma audição com caráter de urgência da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e do presidente da Associação Europeia de Medicina Perinatal, Diogo Ayres-de-Campos, para prestarem esclarecimentos sobre a mortalidade materna em Portugal.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a taxa de mortalidade materna, há cinco anos que os números têm sido bastante elevados em relação aos anos anteriores.

Em 2017, a taxa de mortalidade materna foi de 12,8/100.000 nascimentos, em 2018 de 17,2/100.000 nascimentos, em 2019 de 10,4/100.000 nascimentos e em 2020 de 20,1/100.000 nascimentos.

Já entre 1991 e 2016 a média da taxa de mortalidade materna era de 6,2/100.000 nascimentos.

“Perante esta tendência muito significativa a DGS anunciou e criou uma comissão para analisar os óbitos registados em 2017 e 2018, mas o relatório nunca foi publicado”, sublinhou o Bloco de Esquerda, no seu requerimento.

Para o partido, liderado por Catarina Martins, o aumento da taxa de mortalidade materna “coloca em risco um dos principais e melhores indicadores de saúde do país”, razão pela qual as “causas não podem ser escondidas e a discussão não pode ser adiada”.