Identificados mais de mil lares ilegais desde 2020

Identificados mais de mil lares ilegais desde 2020


Nos últimos dois anos, em média foram fechados dois lares ilegais por mês.


Nos últimos dois anos, a Segurança Social identificou mais de mil lares ilegais, tendo notificado 186 estruturas para encerrar e fechado coercivamente outras 48, perfazendo uma média de dois lares ilegais fechados por mês desde 2020.

Segundo os dados do Instituto de Segurança Social (ISS), cita a Lusa, foram detetados 1.008 lares ilegais entre janeiro de 2020 e finais de novembro de 2021, número esse que o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) considera muito elevado, estando muito próximo do total de 1.680 estruturas residenciais para idosos (ERPI) legais e com acordo de cooperação assinado com o Estado, que asseguram 62.887 vagas apoiadas pela segurança social.

Na ótica de Lino Maia, os lares ilegais são “clandestinos, mas não desconhecidos”, e admite que o ISS “tem muitas vezes conhecimento destes lares”. Contudo, alerta que são múltiplas as razões para não estarem legalizados, desde questões burocráticas a situações de incumprimento de exigências para funcionamento.

De acordo com o responsável da CNIS, “são normalmente lares pequenos”, muitas vezes “fechados aqui e abertos na porta ao lado”. 

Como explicação, aponta que o elevado número de lares ilegais identificados poderá estar relacionado com a desproporção entre oferta e procura e “listas de espera muito grandes” nas IPSS e Misericórdias que fazem com que “as pessoas acabem por recorrer onde podem”.

A informação divulgada pelo ISS revela ainda que, “no total, e desde 2015, foram encerrados 725 lares ilegais” e que só em 2020 houve 31 encerramentos urgentes de ERPI, quase o triplo das 13 estruturas encerradas em todo o ano de 2019, sendo que as 17 fechadas até ao final de novembro de 2021 também ultrapassam esse número.