A família real britânica não queria que Elton John cantasse no funeral da princesa Diana, em 1997. De acordo com a notícia avançada pela Sky News, que cita documentos do governo, foi necessária a intervenção do na altura decano de Westminster, o padre anglicano Arthur Wesley Carr, que morreu em 2017.
Sublinhe-se que a homenagem de Elton John a Diana, com o tema ‘Candle In The Wind’, foi um dos momentos mais marcantes do funeral da princesa. Segundo os documentos, a família real temia que a canção, reescrita pelo artista propositadamente para o momento, fosse “muito sentimental”. A abadia de Westminster teve mesmo de contratar um saxofonista como plano B, caso a realeza se recusasse a deixar Elton John fazer a sua apresentação.
Segundo a Sky News, os documentos referem que Wesley Carr acabou por intervir, argumentando que permitir que Elton John cantasse seria um gesto “imaginativo e generoso” para o público, ainda chocado com a morte de Diana e revoltado com a realeza nos dias após o trágico acidente, devido à indiferença demonstrada.
Numa nota enviada a um membro sénior da família real, terão sido apresentados os vários argumentos apresentados pelo então decano de Westminster.
“Será um momento crucial do funeral e precisamos ser ousados. Será algo inesperado e vai trazer a modernidade que a princesa representava. Respeitosamente, acredito que qualquer coisa clássica ou um coral (mesmo que o de Andrew Lloyd Webber) será inapropriado”, referia.
“É melhor irmos com a canção do Elton John (conhecido por milhões e cuja música era apreciada pela princesa), algo muito mais poderoso. Ele escreveu novas palavras para a melodia (…) O seu uso aqui será muito imaginativo e generoso para os milhões que se sentem pessoalmente enlutados: é cultura popular no seu melhor”, acrescentava a nota, na qual Arthur Wesley Carr se disponibilizava para discutir o significado da sua sugestão “por telefone, com qualquer pessoa”.
Esta versão de ‘Candle in the Wind’ é também conhecida como ‘Goodbye England’s Rose’. Depois do funeral, o músico só voltou a cantar a referida versão em 2007, num evento em homenagem a Diana. Elton John disse depois que só voltaria a fazê-lo com a autorização dos filhos da princesa, William e Harry.
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