“Fiabilidade” dos autotestes “é muito baixa”, avisa bastonário dos médicos

“Fiabilidade” dos autotestes “é muito baixa”, avisa bastonário dos médicos


“Os testes de antigénio rápido, sim, mas feitos por quem sabe fazer, que é para eles serem, de facto, fiáveis”, argumentou.


Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, avisou, esta quinta-feira, que a “fiabilidade” dos autotestes à covid-19 “é muito baixa”, alertado assim para a sua ineficácia.

“Atenção que os autotestes… a fiabilidade é muito baixa”, disse o bastonário, citado pela agência Lusa, sublinhando ainda que “há vários estudos sobre isso”.

Desta forma, Miguel Guimarães destaca que a Ordem dos Médicos não pode recomendar os autotestes.

“Os testes de antigénio rápido, sim, mas feitos por quem sabe fazer, que é para eles serem, de facto, fiáveis, porque senão estamos a fazer de conta que estamos a fazer testes e os testes não servem para nada e estão a gastar dinheiro inutilmente”, disse, reforçando a importância de os testes serem feitos por profissionais.

O bastonário apelou ainda às autoridades de saúde que recomendem a realização de testes de antigénio rápido apenas 24 horas antes do evento/acontecimento em que vão ser utilizados.

“É fundamental que os testes de antigénio rápido sejam feitos nas últimas 24 horas”, disse, justificando que a Ómicron é “uma variante muito mais infecciosa”.

“A recomendação devia passar também por aí. Não é 72 horas antes, ou 48”, defendeu. “Fazer uma recomendação para as pessoas fazerem o teste nas 24 horas anteriores acho que era importante”, reiterou, admitindo contudo que há “alguma falta de testes” em Portugal.

“Está a ser difícil fazer testes porque os testes não foram encomendados atempadamente”, afirmou.

“Vamos ter de aumentar a disponibilidade. Esta disponibilidade pode ser aumentada para vários locais, e até pode ser aumentada, eventualmente, para outro tipo de centros, que possam também fazer testes, para além das farmácias”, completou.